O PSB, partido do governador Renato Casagrande, lança a pré-candidatura dele à reeleição no próximo domingo (27), mas com discrição. O presidente estadual da legenda, Alberto Gavini, diz que a ideia é "estimular" o governador a disputar o pleito.
O PT, que tem a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao Palácio Anchieta, foi convidado a comparecer e vai ao evento. Trata-se do congresso estadual do PSB, que deve reconduzir Gavini à frente da legenda.
Petistas e socialistas caminham juntos nacionalmente, ainda que não em formato de federação. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin já se filiou ao PSB e vai ser vice do ex-presidente Lula (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto.
Por aqui, a relação entre os dois partidos é amistosa, mas nem tanto. Contarato já disse que abriria mão de concorrer se isso for o melhor para o PT, mas isso ainda não ocorreu. O encontro de Casagrande com o presidenciável Sergio Moro (Podemos) deixou arestas a serem aparadas.
O governador ainda não disse se vai apoiar Lula, formal e abertamente. É o gesto aguardado por petistas.
Mas, no domingo, a ideia é passar a imagem de união. "Convidamos todos os partidos, menos o do Bolsonaro (o PL)", afirmou Gavini.
A presidente estadual do PT, Jackeline Rocha, deve comparecer ao congresso.
"Vamos apresentar nomes de interessados em disputar vagas de deputado estadual e federal e estimular que o governador se coloque à reeleição", adiantou o presidente estadual do PSB.
É um ato simbólico, mas, em política, símbolos importam. A presença do PT no congresso socialista também é um gesto a ser notado, ainda que não signifique que a pré-candidatura de Contarato foi abandonada.
Apesar das rusgas provocadas pelo encontro do socialista com Moro e pelas queixas tornadas públicas entre as duas legendas em meio à negociação para a federação que não foi à frente, é um sinal de alinhamento.
Casagrande quer manter um amplo leque de aliados, que vão da centro-direita à esquerda, com diversos presidenciáveis, como Lula, Ciro Gomes (PDT) e Moro.
Para isso, precisa se contorcer, ideologicamente falando. Ele também tem ajudado a formatar as chapas com pré-candidatos a deputado que orbitam os partidos da base aliada.
QUINTINO E ESMERALDO NO PDT
Nesta quinta-feira (24) mesmo o governador esteve com os deputados estaduais Alexandre Quintino e José Esmeraldo. Os dois estão de saída do União Brasil, que tem a pré-candidatura do deputado federal Felipe Rigoni ao Palácio Anchieta.
De acordo com Quintino, a ida dos dois para o PDT do prefeito da Serra, Sergio Vidigal, é quase certa. O PDT está entre os aliados de Casagrande.
FAMÍLIA FERRAÇO NO PP
Também avançaram as conversas para a filiação da família Ferraço ao PP, outro partido da base casagrandista.
O ex-senador Ricardo Ferraço reuniu-se nesta quinta com o deputado federal Da Vitória (PP) para tratar do assunto. Lá tem espaço para Theodorico disputar a reeleição e ainda levar aliados, também candidatos a deputado estadual.
E a deputada federal Norma Ayub, esposa de Theodorico, também teria vaga garantida para tentar a reeleição. Ricardo Ferraço também integraria o time do PP. Só falta bater o martelo, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira (28).
Ricardo, Theodorico e Norma são outros frutos da debandada do União Brasil após Rigoni assumir o controle da legenda no estado.
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