O PSC (Partido Social Cristão) não atingiu a cláusula de desempenho, ou seja, não elegeu o número suficiente de deputados federais e tampouco recebeu a quantidade mínima de votos destinada a candidatos à Câmara. Assim, a sigla estava fadada a minguar, sem recursos públicos e tempo de propaganda de TV.
A saída encontrada foi a fusão com o Podemos. O anúncio, de acordo com o presidente estadual do Podemos, Gilson Daniel, foi feito nesta terça-feira (22).
A sigla PSC deixa de existir. O Podemos, turbinado, vai passar a contar com 18 deputados federais no país – seis deles foram eleitos pelo PSC.
No Espírito Santo, o Podemos elegeu três deputados estaduais e o PSC, um. Logo, após a junção, serão quatro.
O PSC é um partido conservador. Nacionalmente, é presidido pelo Pastor Everaldo, que disputou a Presidência da República em 2014 e fez dobradinha nos debates com Aécio Neves (PSDB) que, teoricamente, era concorrente dele.
Já o presidente estadual é o também pastor Reginaldo Almeida. No primeiro turno, em 2022, o PSC apoiou, oficialmente, a candidatura de Erick Musso (Republicanos) ao Senado. Para o Palácio Anchieta, não coligou com ninguém.
Na segunda etapa, entretanto, Reginaldo endossou Manato (PL) contra o governador Renato Casagrande (PSB) que, contou, desde o início, com o apoio do Podemos.
Com a fusão dos dois partidos, ainda a ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quadros do PSC, que é a menor legenda na equação, certamente vão acabar atraídos à base casagrandista, em que o Podemos permanece firme e forte.
A bem da verdade, os filiados ao PSC com mandato já estão com Casagrande: o deputado estadual reeleito Alexandre Xambinho, a deputada federal não reeleita Lauriete e o deputado estadual Renzo Vasconcelos, que tentou uma vaga de deputado federal e, apesar de ter sido bem votado, não conseguiu chegar lá.
De acordo com Gilson Daniel, a composição da direção estadual do Podemos após a fusão ainda vai ser definida. A coluna o questionou sobre a posição que Reginaldo Almeida vai ocupar no novo arranjo. "Essa discussão será feita depois, mas construiremos tudo juntos", adiantou o deputado federal eleito.
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