O governo do Espírito Santo vai conceder 6% de reajuste linear a todos os servidores, ativos e inativos, efetivos, comissionados e em designação temporária.
O percentual começa a valer em fevereiro. Um projeto vai ser encaminhado à Assembleia Legislativa nos próximos dias.
Integrantes das forças de segurança – policiais militares, bombeiros militares, policiais civis, policiais penais e agentes socioeducativos – vão contar, além dos 6%, com um reajuste de 4%.
Não vai haver diferenciação entre praças e oficiais, no caso dos militares. São os mesmos 4%. "Eles vão receber 4% na tabela (de remuneração), além dos 6% lineares", afirmou o governador Renato Casagrande (PSB).
Questionado sobre o motivo de os integrantes das forças de segurança contarem com um percentual maior que os demais, o governador disse que a negociação com a categoria vem desde 2019 e 2020, com o objetivo de se chegar a salários mais próximos da média nacional entre os policiais, ainda que não seja possível atingir o objetivo de uma tacada só.
INFLAÇÃO
O reajuste engatilhado não recompõe perdas inflacionárias, que chegam a 14% nos últimos dois anos. O último reajuste linear foi concedido em 2019.
Aí veio a crise econômica, decorrente da pandemia de Covid-19, e uma lei federal que proibia reajustes e a concessão de outros benefícios até 31 de dezembro de 2021, com exceção dos previstos em lei antes da edição da norma.
Policiais e professores já receberam reajustes de lá para cá.
"Nós, historicamente, no Espírito Santo concedemos reajustes lineares abaixo da inflação porque as carreiras já têm um crescimento automático (nos salários) devido a progressões e promoções", apontou Casagrande.
"O servidor como um todo, grande parte, sabe que estamos vivendo um momento de desemprego alto (na iniciativa privada). Quem tem vínculo estável e ainda consegue reajuste é uma posição que precisa ser acolhida", complementou.
O impacto do reajuste nos cofres públicos vai ser de R$ 400 milhões por ano. Os percentuais foram definidos pelo governador com o auxílio dos secretários de Planejamento, Gilson Daniel; da Fazenda, Marcelo Altoé; de Governo, Álvaro Duboc, e de Gestão, Marcelo Calmon.
"Servidores têm desejo por reajuste salarial, mas avaliam também as condições de trabalho e se tem diálogo. O reajuste não tem foco na questão eleitoral", respondeu Casagrande ao ser lembrado que em 2022 tem eleição.
Ele deve ser candidato a mais um mandato à frente do Palácio Anchieta, embora não verbalize a intenção.
"Tivemos 2 anos sem conceder reajuste linear por causa da lei federal. A ideia agora é manter o foco e a motivação dos servidores", finalizou.
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