O nanico Pros segue como o campeão de reviravoltas na eleição de 2022 no Espírito Santo. Protagonizou mais uma. Para entender, acompanhe a história:
O Pros apoiava Erick Musso (Republicanos), então pré-candidato ao governo do Espírito Santo. Depois, um aliado de Renato Casagrande (PSB) assumiu o partido e a sigla subiu no palanque do socialista.
Audifax Barcelos (Rede) anunciou que o Pros, após uma aliança costurada com a direção nacional da legenda, na verdade, estava com ele, ex-prefeito da Serra.
Foi desmentido. O Pros seguia com Casagrande.
Em convenção, o Pros estadual formalizou a aliança com o governador, candidato à reeleição.
Uma reviravolta jurídica mudou o comando nacional da sigla e aí veio o risco de nova reviravolta. A direção local do Pros foi destituída e o partido ficou acéfalo.
Após nova decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o presidente nacional anterior do Pros, Marcus Holanda, foi reconduzido ao cargo.
O partido confirmou a aliança com Casagrande e o presidente estadual, o prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo, disse à coluna que estava tudo certo. Fim da novela.
Só que não.
Em mais uma reviravolta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trouxe de volta o presidente nacional que havia sido substituído por Holanda, Eurípedes Júnior.
Eurípedes destituiu Pingo, de novo. E o novo órgão provisório estadual levou o Pros para o palanque de ... Audifax.
Casagrande, cuja coligação reunia 11 partidos, ficou com dez.
E o ex-prefeito da Serra, que tinha Rede/Psol. Solidariedade e Avante, ganhou um reforço.
Tudo e certo e, mais uma vez, nada feito.
Nesta quinta-feira (18), o ministro do TSE Mauro Campbell Marques deferiu liminar impetrada pela defesa de Pingo e anulou a dissolução do comando estadual do Pros.
E restabeleceu o que havia sido firmado em convenção, ou seja, a participação na coligação de Casagrande e o consequente apoio à reeleição do socialista.
Na tarde desta quinta o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) também manteve o partido na coligação do PSB.
Fim da novela?
Talvez não. Ainda é possível apresentar recursos para reverter as decisões.
Para Casagrande, não faz tanta diferença a participação do Pros. Somente o tempo de TV dos seis maiores partidos da coligação é contabilizado. Para Audifax, que tem menos siglas, o Pros pesa mais.
“As decisões da Justiça reforçam as definições partidárias, o que é o melhor caminho para o Estado”, afirmou Luciano Pingo.
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