Ao menos 87 veículos – a maioria ônibus – foram identificados pela Polícia Federal em Brasília em meio aos atos golpistas realizados por apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, danificaram e furtaram patrimônio público.
Eles não aceitam a derrota nas eleições para a Presidência da República e pedem um golpe militar.
Os "manifestantes" partiram de vários estados em direção ao Distrito Federal, muitos em ônibus fretados. O financiamento dos atos está sob investigação.
Entre os veículos identificados há um com placas do Espírito Santo, como a coluna mostrou.
A maior parte, entretanto, é de São Paulo e do Paraná.
Na decisão que determinou, entre outras ações, a apreensão de veículos utilizados para transportar os que chamou de "terroristas", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, listou as placas dos veículos identificados, mas não onde eles foram emplacados.
A coluna cruzou dados e obteve as informações completas com exclusividade. Veja no final do texto.
É importante observar, entretanto, que o fato de um veículo ter placas de uma cidade/estado não quer dizer que ele realmente partiu de lá, mas é um indício.
Os proprietários dos ônibus não necessariamente são partícipes dos atos golpistas. Alguns apenas alugaram veículos, que integram frotas de empresas de turismo.
De qualquer forma, Moraes determinou que os donos devem ser ouvidos em até 48 horas, "apresentando a relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos, caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes".
Correção
10 de janeiro de 2023 às 18:09
Originalmente, a coluna usou o termo "apreendidos" para se referir aos 87 veículos que tiveram placas listadas na decisão do ministro Alexandre de Moraes. Mas a ordem de apreensão não necessariamente foi cumprida em relação a todos eles.
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