Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

Veja para onde foi Capitã Estéfane, vice-prefeita de Vitória

Ela trocou de partido, que tem planos para a militar da reserva em 2024

Vitória
Publicado em 06/04/2024 às 09h14

Capitã Estéfane foi eleita vice-prefeita de Vitória em 2020 na chapa de Lorenzo Pazolini, ambos filiados ao Republicanos. Depois, contudo, os dois se afastaram politicamente. A cena em que o prefeito tira o microfone da mão da vice para impedi-la de discursar em um evento público, em 2022, ilustra bem a situação.

Sem espaço no Republicanos, a capitã foi para o Patriota e, ainda em 2022, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados e não contou com o apoio de Pazolini. Ela teve um desempenho tímido nas urnas.

Na sexta-feira (5), reta final do prazo para filiações partidárias de quem pretende se candidatar no pleito de 2024, a vice-prefeita filiou-se ao Podemos. No Espírito Santo, o partido é presidido pelo deputado federal Gilson Daniel.

Capitã Estéfane, ao lado de Gilson Daniel, durante filiação ao Podemos
Capitã Estéfane, ao lado de Gilson Daniel, durante filiação ao Podemos. Crédito: Pedro Sarkis/Podemos-ES

Questionado pela coluna neste sábado (6), ele afirmou que ainda não há definição sobre qual cargo Estéfane vai disputar este ano: “Estamos discutindo. Será um quadro para qualquer disputa”.

Ela se filiou ao Podemos de Vitória, mantendo, portanto, o domicílio eleitoral na Capital. Ou seja, a capitã, em tese, pode ser candidata a prefeita, a vice ou a vereadora.

“Chego ao Podemos para contribuir na promoção de políticas públicas, pensando nossas cidades de forma mais ampla e uma gestão pública moderna e eficiente. Estou muito feliz com a decisão e animada para os próximos passos, colocando o meu nome à disposição do partido”, afirmou a vice-prefeita, em nota divulgada pelo novo partido.

Hoje, o Podemos está próximo de um grupo que reúne três pré-candidatos a prefeito de Vitória: Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), Tyago Hoffmann (PSB) e Fabrício Gandini (PSD).

Guinada

Todos eles são aliados do governador Renato Casagrande (PSB). O Podemos, aliás, é um dos principais partidos da base governista.

Capitã Estéfane, principalmente, após o rompimento com Pazolini tornar-se público, aproximou-se do Palácio Anchieta. Enquanto isso, o prefeito fazia oposição a Casagrande.

A filiação dela ao Podemos confirma a trajetória casagrandista, o que já havia ficado evidente em 2022, quando ela apoiou a reeleição do governador.

E agora?

Em 2020, Capitã Estéfane teve que passar à reserva da Polícia Militar, uma espécie de aposentadoria antecipada, com vencimentos reduzidos, proporcionais ao tempo de serviço, para ingressar na empreitada eleitoral.

Foi um movimento arriscado. Se ela e Pazolini fossem derrotados, Estéfane não teria como voltar à ativa na PM. A vitória veio e, com isso, várias possibilidades no horizonte da militar.

Teria ela uma participação efetiva na gestão municipal? Comandaria alguma secretaria? Teria projeção para se fortalecer politicamente?

Nada disso aconteceu. Em entrevistas concedidas à imprensa, a vice-prefeita se disse excluída da administração, “uma tentativa de impedir minha atuação política na cidade”.

Em fevereiro de 2023, o prefeito, que ensaiava o início de uma relação “institucional” com Casagrande, minimizou, em entrevista à coluna, os atritos com a vice: “(Estéfane) tem nosso respeito e nosso carinho”.

Mas as coisas não melhoraram, na prática.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.