Dia desse, resolvi executar um plano há muito tempo prorrogado pela preguiça de abrir todos (todos mesmos), os armários da minha casa, rever peça por peça e decidir o que ficaria e o que sairia. Então, eu entrei na faxina. O começo do processo foi de pura empolgação. Confesso que chegando ao meio da jornada, com a casa virada do avesso, a minha vontade era de sair correndo, abandonar o posto e sumir. Ainda bem que neste momento, estamos em quarentena e a única solução foi tomar uma xícara de café e voltar ao combate. Sim, o desapego é uma luta que travamos com nós mesmos e, é preciso muita coragem para renunciar a tantas coisas.
Foi ali que percebi que o apego, muitas vezes está ligado ao medo de perder algo que poderemos precisar lá na frente. E, enquanto esse dia não chega os armários vão ficando lotados, a casa entulhada e nós, sem percebermos, nos sentimos sem espaço, pesados... Sim a energia das coisas que não tem utilidade é pesada e este conceito serve para quase tudo na vida. Carregar coisas e situações que não estão em sintonia com o nosso momento presente nos traz uma sensação de peso muito grande.
Ao final da tarefa (três dias depois), fui tomada por uma grande alegria. Ver a casa arrumada, espaço nos armários e várias malas, caixas e sacolas para doação me fizeram sentir a energia vibrante da abundância que é poder dividir o que temos com outras pessoas que farão um uso melhor, darão um destino útil às nossas coisas
Estou acreditando que, quando esta pandemia passar estaremos em outro mundo e, com certeza, eu quero chegar lá mais leve.
Até a próxima!
Este vídeo pode te interessar
Veja também
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.