Tempos difíceis... A morte levou alguns amigos, colegas e familiares de amigas queridas. Por causa da pandemia, fui impedida de levar o meu abraço apertado à família, prestar a minha homenagem presencialmente e dizer adeus. Lembrei muito da morte da minha mãe, há quase nove anos atrás, do conforto que senti em cada abraço recebido, na presença das pessoas que saíram de suas rotinas para homenageá-la e confortarem a nossa família com as suas presenças.
Busquei alguns trechos de uma crônica de Rubem Braga que traduz um pouco do meu sentimento: “E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir... foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste... depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu.”
Neste tempo que se apresenta, devemos encontrar novas maneiras para praticarmos os ritos de passagem. Por mais individual que seja, o processo de viver o luto, ele deve vir acompanhado de acolhimento. Devemos nos fazer presentes de alguma maneira seja por uma mensagem, uma comida gostosa deixada na portaria, uma ligação ou até mesmo em um texto.
Tchau Carlos Vitor, Amim, Flávio, Léa, Arnaldo, Zenaldo, Rafael, Gabriel...
Até a próxima!
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