A economia brasileira, ainda combalida pela maior crise desde a depressão de 1929, começa a apresentar os primeiros sinais de recuperação. Alguns indicadores econômicos mostram uma provável retomada das atividades produtivas – embora de forma lenta. O risco país caiu ao menor nível nos últimos seis anos, o desemprego está diminuindo e o setor imobiliário, um dos principais termômetros da economia, já apresenta um novo ânimo neste segundo semestre.
A busca do equilíbrio fiscal pelo governo federal e a política do Banco Central de redução progressiva da taxa de juros já começam a produzir efeitos positivos na economia. A taxa básica de juros, no patamar de 5,5% ao ano, é a menor da série histórica desde 1996, quando o Banco Central passou a fixa-la regularmente; com tendência de chegar a 4,5% no final do ano. Em razão disso, vemos as aplicações financeiras começando a ceder lugar ao investimento produtivo – o que favorece o emprego.
Não precisa ser especialista em finanças para perceber que as aplicações de renda fixa (CDBs, fundos DI, poupança, etc.) estão perdendo terreno para outros investimentos, tais como fundos imobiliários, bolsa, fundos multimercado, imóveis, dólar e outros. A conta é muito simples: basta deduzir do rendimento das aplicações de renda fixa a inflação, o imposto de renda e a taxa de administração. Feitas estas deduções, o rendimento líquido destas aplicações fica em torno de 1% ao ano, com projeções de se tornar ainda mais baixo nos próximos meses. Quem imaginaria o rendimento financeiro no Brasil se aproximando dos níveis de países da Europa e do Japão, onde as taxas são negativas?
Neste novo cenário, o mercado imobiliário se apresenta como uma opção atrativa de investimento. Principalmente para os investidores com perfil conservador, que não estão dispostos a se sujeitarem aos riscos de aplicações mais arrojadas. Ora, com o aluguel rendendo em torno de 6% ao ano, não é sem razão que vemos a grande procura pelos fundos imobiliários e a volta do interesse pelos imóveis, cujo valor geralmente acompanha a inflação.
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Assim, ainda que os efeitos desfavoráveis ao investimento financeiro não sejam assimilados rapidamente por investidores menos atentos, já podemos ver as incorporadoras com um novo ânimo e projetos de empreendimentos saindo das prateleiras.
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