É artista e escritora, e como observadora do cotidiano, usa toda sua essência criativa na busca de entender a si mesma e o outro. É usuária das medicinas da palavra, da música, das cores e da dança

Confia

Porque o amor não pode depender nem disso, nem daquilo. Ele não se submete a demandas, não aceita cobranças. Na verdade, ele é um estado de espírito livre por essência

Publicado em 17/10/2020 às 06h04
Dar a mão
E bom seria se estivesse mesmo circulando na estrada, porque sabendo disso fica mais fácil percorrer o caminho. Crédito: Dar a mão

E nenhum obstáculo será grande, se sua vontade for amor.

Eu sei, parece frase de pára-choque de caminhão, mas é pura verdade. E bom seria se estivesse mesmo circulando na estrada, porque sabendo disso fica mais fácil percorrer o caminho.

Não se engane, a manifestação do amor tem o poder de ajudar você a garantir e cumprir a função que lhe cabe no universo, sabia? E isso é tão sério, mas tão sério, que quando você se afasta dessa energia, sem querer provoca um desequilíbrio cósmico. (Pensa!)

Por isso é tão importante a manutenção deste estado amplo, que manifesta o prazer da segurança e da gratidão. Mas, atente, nada disso tem a ver com controle, com apego... Porque o amor não pode depender nem disso, nem daquilo. Ele não se submete a demandas, não aceita cobranças. Na verdade, ele é um estado de espírito livre por essência, que só se apresenta, e fica, para quem confia. Eis o tema dessa crônica, confiança.

Chama a força e confia!

“Fiar” significa depositar, conceder, entregar valor. Já “confiar” significa fazer isso juntos, entrelaçar fios mutuamente. É a trança. Amor. Encontro. Liga. Ouro puro.

Maria Sanz Martins

Cronista

"“Fiar” significa depositar, conceder, entregar valor. Já “confiar” significa fazer isso juntos, entrelaçar fios mutuamente. É a trança. Amor. Encontro. Liga. Ouro puro"

Exatamente como diria o Gurudev Sri Sri Ravi Shankar, as células do nosso corpo de tanto se amarem, se atraem e permanecem juntas, formando órgãos complexos e únicos que nos viabilizam a própria vida; assim como a Terra ama o Sol e fica o mais perto possível, girando em seu entorno, proporcionado ciclos; assim como a Lua ama a Terra, e tanto atrai e quanto por ela se sente atraída; assim como esse planeta nos ama tanto, mas tanto, que puxa a gente à força de gravidade... Eis a inteligência suprema –– mas pode chamar de amor, atração, presença, segurança, confiança.

Donde se conclui que o amor é sim, a maior das forças. E toda forma de negatividade, de desconfiança, de raiva, de desconexão, de desentendimento, são deformações dela. São inversões e distorções, como o ciúme e o ressentimento, o ódio e o medo ––– que não passam de outra forma de amor, só que corrompidas pela tentativa de controle. Invertidas pela tentativa de ser maior que a própria inteligência da vida. Uma obstacularização do fluxo!

Pense comigo, toda ansiedade, ou toda emoção negativa funciona como um obstáculo, um tampão para a energia que flui através da confiança...

Imagine o que acontece quando a gente pede alguma coisa para o universo, mas fica ansioso, temeroso e para diante da porta pra ficar vendo se a graça chega ou não chega. Advinha? Chega nunca! Porque se a gente fica parado na porta, vira obstáculo. Emperra o fluxo natural da vida. Simples assim.

Pediu? Confia.

Era esse o ponto: a confiança é um estado de espírito amoroso. Uma vontade de fiar junto, de fazer trança, de encontrar o melhor encontro: ouro.

Seja com o universo ou com o outro.

A Gazeta integra o

Saiba mais
opinião

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.