"O que importa não é o homem que critica ou aquele que aponta como o bravo tropeçou, ou quando o empreendedor poderia ter atingido maior êxito.
Importante, em verdade, é o homem que está na arena, com a face coberta de poeira, suor e sangue; que luta com bravura, erra e, seguidamente, tenta atingir o alvo. É aquele que conhece os grandes entusiasmos, as grandes devoções e se consome numa causa justa. É aquele que, no sucesso, melhor conhece o triunfo final dos grandes feitos e que, se fracassa, pelo menos falha ousadamente, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota".
- Theodore Roosevelt
Era uma vez um garoto nascido no ano de 1993, numa pequena cidade agrícola do Mato Grosso do Sul, que aos oito se mudou com a família para outro pequeno município chamado "Mundo Novo".
Ser piloto de colheitadeira como seu pai, era o sonho desse garoto. E assim, ele cresceu ouvindo música sertaneja. Até que um dia, numa lan house da cidade, um amigo mostrou pra ele uma música eletrônica. Nesse mesmo dia, ele deu um Google na frase "como fazer música?" e nunca mais parou.
Hoje, Lukas Ruiz é uma espécie de gladiador contemporâneo. Um verdadeiro mito das arenas montadas em nome da liberdade e do entretenimento. Ele é o "Vintage Culture" – nome este que ele escolheu para se diferenciar na internet de outro DJ que tinha seu mesmo sobrenome.
Pessoalmente, considero Lukas um fenômeno. Mas quem sou eu enquanto termômetro? Se a Forbes o elegeu como uma das personalidades mais influentes do Brasil.
Se você nunca ouviu falar disso, seja porque é de outra geração, seja porque não gosta de música eletrônica, fique sabendo: é muita potência.
Todas as vezes que vi o Lukas tocando, e foram muitas, fiquei embasbacada com a presença dele no comando da arena. Sua performance enquanto piloto de multidões, enfeitiçando corpos e mentes com batidas e nuanças sonoras, é enigmática, transcende.
Lukas é um mito do poder pessoal. Como outros seres brilhantes, aplica a liberdade de ser quem se é. Ele escolheu e fez sua verdade acontecer.
*Com independência, sem se vender ao mainstream, produziu durante a pandemia dezenas de "lives", tocando às vezes por mais de dez horas a fio para arrecadar doações e levantou milhões para os mais precisados.
Mas essa crônica não é sobre isso. É para dizer que melhor forma de honrar a vida talvez seja se tornar consciente da potência que todos nós temos.
Ele fez isso. Mesmo sem querer, a princípio.
E não só isso. Hoje ele precisa lidar com as consequências de um sucesso que chega a ser monstruoso –– na medida em que causa transtornos de ansiedade avassaladores.
Porque é isso, ainda que de forma selvagem, instintiva, esse rapaz assumiu seu papel na própria jornada evolutiva, e foi pra cima. Foi se integrar daquilo que sentia. E materializou inúmeras vezes a palavra oportunidade.
É um bravo!
Outra nota: logo no início da carreira, chegou pra tocar num festival onde estava escalado para o pior palco, no pior horário, e fez acontecer: entregou uma hora de set visceral (épico) e lotou a pista absolutamente. Dali para frente ele descobriu do que era capaz de fazer. E fez.
Trouxe para o corpo, para a matéria as possibilidades infinitas! Claro, algumas coisas nessa vida nos foram dadas de presente, de graça mesmo. Como créditos acumulados de outras vidas (não é preciso concordar, apenas imagine) como um software especial pré-instalado no sistema. Isso é o que chamamos de dom, luz, facilidade, talento... E, sobretudo, disposição para o trabalho, para falhar, que seja! Mas com ousadia.
Porque o ser integral potencial em cada um de nós é uma entidade luminosa que precisa ser refinada. Trabalhada, mesmo! Porque esse nosso corpo feito de matéria densa, precisa de trabalho, trabalho e dedicação, trabalho e expansão, trabalho e consciência.
Hoje somo DJ's, mas nossos antepassados já foram dinossauros.
Pensa!
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.