"Eu sinto muito
Me perdoe
Eu te amo
E sou grata"
Somos um. Alguém ainda duvida?
Talvez essa seja a única premissa que estamos sendo convocados a exercitar.
Uma nova conduta higiênica para a mente.
Entrego, confio, recebo e agradeço. E acima de tudo, busco integrar. Mergulhar para o lado de dentro.
Busco porque desejo o gosto do "UNO" –– de unidade, a estrutura básica da criação. Mas esse é um gosto bem raro... Porque aqui, na dualidade, encarnados nesse naco de terra que nos foi emprestado, nosso corpo humano, somos regidos pelas texturas dos contrastes e das diferenças mundanas. Ainda assim, o desejo prevalece: tornar-se um.
Diante das atuais circunstâncias, se estivermos vivos, pulsando o milagre da vida, então chegou a hora de cada um de nós, cada um a sua maneira, purificar as intenções. Fortalecer e dar brilho à própria espada e ao próprio escudo interior, para se apresentar ao desafio de maior união.
E o valor desse nosso processo de purificação é na verdade o fortalecimento da espiritualidade, ou seja das nossas "razões de sermos". Porque é fazendo bom uso dessa possibilidade, ou pelo menos comparecendo e aprimorando este entendimento, que a gente vai descobrir como navegar daqui em diante.
Atente, cada milímetro de avanço depende, contudo, de reconhecimento e acolhimento do nosso lado mais sombrio. O que quer dizer que existe sim, alguma dor envolvida no processo...
Pessoalmente, confesso que meu darkside vem sendo amansado à força. Enfrento buscando contato, abrindo espaço, ampliando a disposição para a conexão com o Maior –– com o sagrado, com a força do bem, e com "o outro" que emana a energia da gentileza, do mistério, da criatividade, da força, da coragem.... Mas, esse outro de que falo... Ah, esses são seres raros.
E além de raros, andam disfarçados. Mas eu não falho em reconhecê-los. Mesmo quando a camada superficial é espessa. Eu os vejo.
Vejo, depois complemento. Invento a parte que faltar. Os reconheço na festa, na praia, atrás do balcão, em cima do palco, peço contato. Exatamente porque é raro, quando o encontro, fico achando que precisamos ser um, ainda que só por um instante.
E quer saber? Quero me tornar cada vez mais disposta a encontrar mesmo!
Nesse momento em que estamos reclusos em casa, me sinto como que dá um grito da janela perguntando "tem alguém ai?"
(Na realidade, pergunto pela janelinha viva no aplicativo no telefone. Instagram)
Busco o encontro... Com a música, a melodia, o filme, o conto, o cheiro, o gosto, com você.
Me ofereço de plateia e venho pedir pra você também se oferecer. Claro, às vezes você vem, noutras me faz sofrer. Por isso o Hoponopono... E tudo bem. Estamos em processo de aprendizagem, por isso agora é hora do encontro. Mas não qualquer encontro: é encontro do encontro.
Finalizando, o processo de se descobrir envolve o abandono da própria identidade, por alguns instantes, para reencontrar-se com o lado de dentro.
Para num só depois nos tornarmos dispostos às trocas, novas perguntas e respostas.
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Coragem. É hora.
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