No último domingo, os parabéns foram para todos os que apoiam as pessoas com deficiência, que acreditam na capacidade que elas têm e criam espaços para sua inclusão, autonomia e segurança. Pessoas que, com coragem e iniciativa, incluem no calendário os marcos necessários para que as conquistas sejam comemoradas, mas não só. É importante também haver uma data para trazer determinados assuntos para a pauta. O dia 21 de março é uma dessas datas, o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Uma data criada com muita intenção
O dia escolhido pela Down Syndrome International, organização internacional de pessoas com deficiência sediada no Reino Unido, já traz na data a alusão à trissomia do cromossomo 21, ou seja 21/3. Criada em 2006, mas só em 2011 passou a fazer parte do calendário da ONU, a data nos chama a atenção para a luta por direitos iguais, bem-estar e oportunidades.
As pessoas com Síndrome de Down, quando atendidas e estimuladas adequadamente, têm potencial para uma vida saudável e plena inclusão social. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil nasce uma criança com Síndrome de Down a cada setecentos nascimentos, independentemente de etnia, gênero ou classe social. No total, estima-se que cerca de trezentos mil brasileiros tenham nascido com a alteração no cromossomo 21, e apresentem características específicas da síndrome. E como olhar para essas pessoas, que têm direitos iguais a qualquer um de nós?
Em qual modo está o seu olhar?
Quando habilitamos o nosso olhar para o modo diversidade, conseguimos perceber as diferentes formas para ocupar este mundo, podemos dar valor ao quanto somos únicos e merecemos todos a possibilidade de existir plenamente. Por muito tempo, pessoas com Síndrome de Down foram tratadas como doentes, foram motivo de constrangimento para famílias que preferiam escondê-las, gerando sofrimento para todos. No livro O filho eterno, do escritor Cristovão Tezza, esse cenário é descrito de maneira fiel e estarrecedora, vale a leitura.
Mudar a forma de ver e abraçar a diversidade permite que crianças que nascem com síndrome de Down consigam ter uma vida com mais oportunidade. Se, desde cedo, receberem estímulos motores e cognitivos, será possível desenvolver todo o potencial que elas trazem. Sem dúvida, um olhar que muda a vida não apenas da criança, mas de toda a família.
Sim, nós podemos!
Com apoio para seu desenvolvimento e a inclusão, as pessoas com síndrome de Down têm superado inúmeras barreiras, em todo o mundo e no Brasil. Chegam ao ensino superior, são conectados, trabalham, e lecionam em classes regulares. E que mais oportunidades e conquistas que permitam a liberdade de expressão e o desenvolvimento das potencialidades sem nenhum tipo de limitações pessoais nem ambientais, estejam cada vez mais presentes. Viva o vinte e um!
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