O envelhecimento da população é um fenômeno mundial - e claro, se repete aqui no Brasil também. Segundo o IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá a sexta população em número absoluto de idosos. Oh, céus! Muitas pessoas, como eu, desejam chegar à velhice. Mas muitas também negam que tenham chegado. Acho triste... Envelhecer faz parte do ciclo natural da vida e chegar lá com saúde, bem-estar e com qualidade é o desejo de todos nós, não é mesmo?
Muitas expectativas
É certo que a expectativa de vida aumentou nas últimas décadas e isso se deve aos avanços nas várias áreas do conhecimento humano. Mas é inevitável dizer também que as alterações fisiológicas do envelhecimento podem e muito limitar a vida. Sobretudo, no que diz respeito à capacidade funcional. No meu caso, deficiência x envelhecimento é algo muito novo que já começo a experimentar e percebo que os conflitos vão além do declínio funcional. A minha batalha também é para uma equiparação de um ambiente adverso que representa uma ameaça contínua no meu ou nosso papel social à medida que o tempo passa. Um exemplo dessa ameaça é a violação de direitos humanos.
É bem assim
Algumas condições físicas ocorrem com mais frequência com o passar dos anos. O nosso corpo passa por várias mudanças: de crianças passamos para a adolescência – e quantas alterações hormonais ali acontecem. De adolescente a adulto e de adulto a idoso. Mas essas transformações podem ser amenizadas com cuidado com o organismo. A alimentação e a prática de exercícios podem diminuir os impactos e tornar ativa e mais prazerosa essa nova fase.
O ideal é começar cedo
Numa dessas viagens ao exterior, o que me chamou mais atenção foi ver os idosos circulando e vivendo plenamente sua velhice. Tinham autonomia e disposição para suas atividades do cotidiano. E a resposta para isso? Fazem ginástica desde criança. Ao contrário de nós, brasileiros, que não temos a cultura dos exercícios físicos. O Centro Nacional de Estatística para a Saúde estima que cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos sejam dependentes para realizar as suas atividades diárias, constituindo-se no maior risco de institucionalização. Estima-se que em 2020 ocorrerá aumento de 84 a 167% no número de idosos com moderada ou grave incapacidade.
Qualidade de vida ruim e dependência
O envelhecimento induz à perda da capacidade funcional, ou seja, o idoso diminui sua massa muscular, que consequentemente, diminui a capacidade de gerar força, equilíbrio, e claro, as chances para as temidas quedas e fraturas, se tornam ainda mais reais. É claro que estamos falando de uma maneira bem mais simples, e não cabe aqui detalhar sobre qualidade de vida, até porque é muito multidimensional esse entendimento e cada um encara de forma bem diferente. De um modo geral, envelhecer significa estar feliz e satisfeito com a vida atual e ter expectativas positivas sobre o futuro. Bem-estar físico e psicológico, autonomia, vínculos sociais, trabalho, diversão, por exemplo, devem ser considerados para uma boa qualidade de vida. E os exercícios?
Já que é inevitável, vamos reverter!
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Hoje é muito comum ver idosos frequentando academias, especialmente as salas de musculação. E uma coisa posso dizer: ninguém obtém mais benefícios com a atividade física que os idosos. A melhoria na qualidade de vida não aparece somente no combate direto às doenças, mas também na área psicológica. A atividade física regular desencadeia muitas alterações hormonais, como a serotonina, que regula o humor e a memória; e a acetilcolina e a endorfina, que reduzem o estresse e trazem felicidade. Finalmente, “só o ferro salva”. Brincadeiras à parte, a musculação é uma poderosa aliada para diminuir as transformações do corpo ocasionadas pela passagem do tempo. Portanto, não estamos falando de músculos, apenas. Estamos falando de um cérebro que vai funcionar melhor e nos preparar para viver uma nova fase com mais qualidade. Partiu treinar?
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