A meninada já está vivendo uma experiência que acontece incontáveis vezes em suas vidas, mas que, em cada uma delas, novos sentimentos e expectativas aparecem. A volta às aulas!
Quando penso nessas experiências e nas crianças, fico imaginando que cada uma delas é uma irmã, um irmão ou um amigo que tem suas histórias e preferências – uma comida, uma música ou um jogo. Essa filha ou filho que tem sonhos e o desejo de realizá-los.
São muitas emoções
Inevitavelmente, as crianças ficam agitadas e ansiosas para o primeiro dia e, ao mesmo tempo, chateadas pelo fim das férias. Bate aquele frio na barriga para conhecer a turma ou rever os amigos mais antigos e, se a escola for nova, aí fica impossível conter tamanha agitação. Não é tarefa fácil para os pais.
E as crianças com deficiência?
Elas têm os mesmos desejos, ansiedades e direitos de qualquer menina ou menino e que, tendo oportunidade, florescem como em outra criança qualquer. E já é sabido que elas – quando bem recebidas na escola – desenvolvem potencial para viver plenamente e contribuir para a vitalidade social, cultural e econômica de suas comunidades.
O que é escola inclusiva?
Nos últimos anos, o sistema escolar se modificou e ainda se modifica para se adequar ao modelo ou proposta inclusiva. Ou seja, que acolhe a todos e favorece a diversidade, oferecendo para aqueles que encontram barreiras, de aprendizagem ou físicas, ferramentas adequadas para superá-las.
A Educação é um direito de todos?
A educação deveria ser bem orientada para que o respeito aos direitos e liberdades humanas fossem incentivados, certo? Mas nem sempre é o que acontece. Precisamos, porém, reconhecer que, em muitos casos, o esforço pela inclusão escolar tem sido grande. No entanto, sobreviver e prosperar podem ser tarefas especialmente difíceis para os alunos com deficiência. Eles enfrentam desafios adicionais, em consequência de suas limitações e das inúmeras barreiras que a sociedade coloca em seu caminho.
Muito além de preparo
As crianças com necessidades educacionais especiais exigem do profissional uma atitude específica, que vai interferir de maneira significativa no processo. Mas como já disse aqui em outros textos sobre o tema, somente se ele quiser poderá encontrar um caminho para garantir a aprendizagem e o fortalecimento da personalidade desse aluno.
Os dados ainda assustam
Uma pesquisa domiciliar realizada em 13 países de média e baixa renda mostrou que, entre 6 e 17 anos de idade, crianças com deficiência têm probabilidade significativamente menor de frequentar a escola do que seus pares sem deficiência. E a medida que é negado às crianças com deficiência o direito de acesso igualitário a escolas locais, os governos não conseguem atingir o quarto item dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU, e os estados signatários da CDPD - Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência não cumprem sua responsabilidade em relação ao Artigo 24.
Diferenças não são problemas
São oportunidades de desenvolver e ampliar a visão de mundo. A diversidade humana oportuniza a convivência a todas as crianças. É uma dádiva. Portanto, criar na escola um ambiente capacitador e inclusivo para crianças com deficiência depende, em grande parte, de professores que tenham uma compreensão clara sobre educação inclusiva e que assumam o compromisso de ensinar a todas as crianças.
“Em algum lugar, alguém está dizendo a um menino que ele não pode brincar porque não consegue andar; a uma menina que ela não pode aprender porque não consegue enxergar. Esse menino merece uma oportunidade para brincar. E todos nós ganhamos quando essa menina, e todas as crianças, conseguem ler, aprender e contribuir. O caminho a percorrer será desafiador. Mas crianças não aceitam limites desnecessários e nós também não deveríamos aceitar”. Anthony Lake - UNICEF
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Então, arrume a mochila que o sinal já bateu. Boa e inclusiva aula!
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