Nos últimos meses, o Banco Central promoveu uma nova elevação gradativa na taxa Selic, aumentando os juros básicos da economia. Desde agosto de 2023, a cada reunião, a taxa sofreu um incremento de 0,5%. Antes disso, ela havia permanecido estável em 13,50% ao ano por doze meses. Posteriormente, a taxa foi reduzida para 10,50%. Recentemente, houve um aumento para 10,75%.
Essa medida, adotada com o intuito de controlar a inflação, tem gerado discussões entre economistas e agentes do mercado. Embora seja uma ferramenta eficaz para conter o aumento dos preços, a elevação da Selic possui repercussões significativas em diversas áreas, incluindo o mercado imobiliário.
Com os juros mais altos, o crédito imobiliário se torna menos acessível para a população. Isso ocorre porque os financiamentos habitacionais, que dependem diretamente da Selic, sofrem reajustes que resultam em prestações mais elevadas.
Consequentemente, há uma diminuição na procura por imóveis, impactando negativamente as construtoras e incorporadoras. A queda na demanda pode levar a uma desaceleração no ritmo de novos projetos e, em alguns casos, até à desvalorização de propriedades.
Ademais, investidores que antes canalizavam recursos para o setor imobiliário podem redirecionar seus investimentos para produtos financeiros mais seguros e igualmente rentáveis, como os títulos públicos, também influenciados pela alta dos juros. Assim, as empresas do ramo enfrentam desafios adicionais para captar recursos e finalizar empreendimentos em andamento.
Portanto, enquanto a elevação da Selic se apresenta como uma solução para a inflação, seus efeitos colaterais no segmento imobiliário evidenciam um cenário complexo, exigindo cautela e planejamento estratégico por parte dos envolvidos.
Este vídeo pode te interessar
MAIS MERCADO IMOBILIÁRIO
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.