*Rachel Menezes Gava
Mudanças velozes e constantes, troca do contato pessoal pelo on-line, vida em ritmo acelerado, pouco tempo para a família e amigos, culpa por não ir à academia, ao médico...
Essas são constatações de boa parte das pessoas atualmente, diante das incontáveis transformações que ocorrem, todos os dias e praticamente ao mesmo tempo, na forma de se viver, trabalhar, interagir.
Independente de estarmos abertos às irreversíveis mudanças, sabemos que vivemos tempos marcados por muitos desafios e também por muitas oportunidades.
A construção civil é um dos segmentos bastante impactados por esse cenário de metamorfose constante e que tem direcionado os novos empreendimentos imobiliários a serem concebidos sob novo olhar.
E quando falo de mudanças, não me refiro a alterações na posição de um ambiente no apartamento, na metragem ou acabamentos. As transformações exigidas pelos tempos modernos vão muito além, nos levam a outros patamares e olhares onde predominam, principalmente, a consciência coletiva.
O edifício não está mais sendo construído apenas para seus moradores e visitantes, mas para toda a cidade, sociedade, planeta. Toda a coletividade e até as próximas gerações precisam ser consideradas a cada projeto, com destaque ao viés sustentável.
A sustentabilidade chegou para ficar no setor. Não há mais como conceber empreendimentos residenciais ou comerciais sem melhorias de projeto e soluções tecnológicas que racionalizem o consumo de água e energia, que valorizem a arborização e os jardins, que utilizem insumos de menor impacto ambiental, que deem destinação correta aos resíduos gerados depois de ocupado.
O mundo muda rápido e as edificações precisam mudar com ele. Vemos, por exemplo, o crescimento no mercado de carros elétricos, que tem feito as construtoras elaborarem projetos com sistemas de recarga para o veículo. Têm aumentado, também, os espaços verdes em seus empreendimentos, visando proporcionar aos moradores e à sociedade do entorno mais contato com a natureza.
Conhecer o mercado, acompanhar as tendências, ouvir o cliente e incorporar inovações são pontos cruciais para as empresas que querem sobreviver à evolução rápida e contínua dos tempos atuais.
Mudar é sempre desafiador, envolve investimentos, dedicação e adaptação ao novo. E neste cenário, o que precisamos é conduzir as mudanças com equilíbrio e responsabilidade, interagindo com o meio em que esses novos projetos estarão inseridos, visando soluções eficientes, sustentáveis e perenes.
*Rachel Menezes Gava é vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES)
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