*Aurélio Capua Dallapicula
No Brasil, comprar imóveis é visto como algo cultural para obter patrimônio e investir com segurança, seja para moradia, seja para aplicar e assegurar a rentabilidade dodinheiro. Considerada de baixo risco, essa prática costuma ser influenciada por familiares e amigos que acreditam que imóveis comprados garantem rendas fixas e ainda poderão no futuro ser usados pelos filhos, para moradia ou trabalho.
Uma das principais vantagens na compra de imóveis é a inexistência de taxas de administração aplicadas aos fundos. Há, ainda, isenção do Imposto de Renda em alguns casos previstos em lei, liberdade total na escolha dos imóveis e autonomia para condução dos negócios, tais como apontar o valor do aluguel ou da revenda, forma de compra, etc. No entanto, também existem algumas desvantagens, a exemplo do alto valor no investimento, trabalhos e custos para cuidar da manutenção do imóvel e imobilização do patrimônio, entre outras.
Os fundos imobiliários também são alternativas consideradas acessíveis em comparação à compra de imóveis. Os recursos dos fundos normalmente são aplicados em galpões, shoppings, prédios de escritórios e hotéis, entre outros.
O negócio funciona da seguinte forma. Um fundo é formado por uma gestora, e a divisão é feita em milhões de cotas. As vendas dessas cotas são realizadas na Bolsa de Valores para investidores. O fundo pode comprar ou construir imóveis com os recursos das cotas vendidas. Além disso, também é possível aplicar em produtos financeiros do mercado imobiliário. Os rendimentos gerados pela exploração comercial e os lucros das aplicações financeiras são divididos entre os cotistas dos fundos.
Essa modalidade tem se tornado uma maneira simples de ingressar com investimentos no setor imobiliário. Entre as vantagens, estão o baixo valor de investimento, isenção de Imposto de Renda na distribuição de lucros no investimento e baixa burocracia na aquisição de cotas na compra ou venda de imóvel físico. No entanto, os fundos imobiliários também têm seus riscos, como aqueles que incorrem na execução da obra e na vacância, que diminuem os dividendos distribuídos, além de sazonalidade e desvalorização das cotas, já que estas são negociadas na Bolsa.
Para escolher a melhor maneira, basta avaliar e identificar quais são seus planos no ramo imobiliário. A decisão por comprar imóveis ou por investir será tomada de acordo com os seus planos, pois, como foi visto, as duas opções têm seus prós e contras. Num caso ou no outro, vale a pena arriscar, mas sempre com a assessoria de um corretor de imóveis especialista na área.
*Aurélio Capua Dallapicula é presidente eleito do Creci-ES
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