Novidades, o que é tendência e bastidores do mercado imobiliário capixaba e do mundo da arquitetura, design e decoração, em conteúdos produzidos pela editora do Hub Imobi Karine Nobre.

Minha Casa, Minha Vida se mantém na liderança das vendas na Grande Vitória

Análise do terceiro trimestre mostra que o segmento econômico permanece na frente, com média mensal superior a 10%

Vitória
Publicado em 22/11/2024 às 16h46
Atualizado em 22/11/2024 às 16h57
computador, crescimento
Mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida contribuíram para turbinar o segmento. Crédito: Shutterstock

O segmento econômico, liderado principalmente pelo programa Minha casa, Minha Vida (MCMV) fechou o terceiro trimestre de 2024 em destaque no que se refere ao índice de velocidade de vendas (IVV). O levantamento, realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), mostra que a média mensal é superior a 10%.

Em uma análise rápida, isso significa que, se não houver mais lançamentos do MCMV, a oferta do mercado primário (venda do incorporador/construtora ao cliente) estaria esgotada em 10 meses. A título de comparação, se o mercado não lançasse mais nenhum empreendimentos de médio padrão, levaria 14 meses para que todas as unidades à venda hoje acabassem. “O que também não é muito”, segundo afirma o diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, Eduardo Borges.

A situação inverteu o quadro que durou da pandemia (2020) até o ano passado, onde o mercado de alto padrão e luxo prevaleceu, não só com a maioria dos lançamentos, como também na velocidade de vendas dos imóveis deste segmento, sobrepondo-se ao econômico. “Houve alta demanda por imóveis mais amplos, intensificado por um contexto de juros baixos”, analisa.

Entre as justificativas apontadas para esse novo panorama, de destaque no segmento econômico, está o reajuste feito pelo governo federal no programa, em julho de 2023, que reduziu juros, aumentou o valor dos subsídios e ampliou o prazo de financiamento.

“A mudança promoveu ainda aumento do valor dos imóveis enquadrados e corte de impostos, ampliando o poder de compra da população e a margem de lucro das incorporadoras”, conta.

E no Espírito Santo ainda teve o lançamento, no final do ano passado, do programa Nossa Casa por parte do governo estadual, que estende um subsídio adicional de até R$ 20 mil para aquisição de imóvel da faixa II do MCMV.

Alta dos juros

Por outro lado, a alta dos juros não interfere tanto na compra de um imóvel desse segmento, segundo Borges. “O público do segmento econômico geralmente está comprando seu primeiro imóvel e não pode aguardar. A elevação da Selic não afeta tanto o financiamento imobiliário para esse segmento, que, em geral, utiliza recursos subsidiados do MCMV, além da poupança e do FGTS”, avalia.

Além do contexto de juros e subsídios, está ainda a melhoria do padrão desses empreendimentos, que têm grandes estruturas de lazer e segurança e também o aspecto de empregabilidade na construção civil. Segundo o diretor do Sinduscon-ES, a quantidade de empregados no setor, no Estado, é a maior da série histórica de quase 20 anos.

“Em que pese mudança de metodologia para esse levantamento em 2020, a fotografia atual é a maior desde então. Como o setor de construção é considerado o motor da economia, isso em conjunto com os baixos índices de desemprego em nível nacional ainda em redução, denota um contexto de economia em franca atividade, inclusive com elevação da renda familiar e, sobremaneira, da massa de rendimentos (renda familiar x pessoas empregadas)”, diz.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.