O Chile é o país que mais vende vinhos para o Brasil. A informação é da Ideal Consulting, empresa de auditoria de importação e inteligência de mercado, especializada em bebidas, inclusive vinho. No ano de 2019, importamos dos chilenos aproximadamente 70 milhões de garrafas. Em segundo lugar ficam os vinhos portugueses e em terceiro os argentinos.
Basta olhar para as adegas aqui no ES para confirmar quantos de nossos vinhos são chilenos. Provavelmente muitos! Esses números, logicamente, ditam também uma tendência de consumo. As vendas dos rótulos chilenos no Espírito Santo correspondem a um pouco mais da metade do que é consumido no Estado.
Segundo Vanderlei Martins, diretor comercial da rede de supermercados Carone, uma das que mais vende vinhos no ES, o Chile é sem dúvida o país preferido dos capixabas na hora de escolher um rótulo. “Fizemos um levantamento recente que identificou que o Chile representa 52,3% das vendas de vinhos em nossas lojas”, informa.
Além de ser o país com vinhos queridos por muitos enófilos, o Chile é também a porta de entrada para muitos que começam a se aventurar pelo universo da bebida de Baco. No geral, são rótulos de preços mais acessíveis e “fáceis de beber” - expressão bastante comum e usada pelos consumidores.
CARACTERÍSTICAS
Tradicionalmente, os vinhos chilenos são ricos em sabores de fruta madura, concentrados e possuem níveis altos de álcool e de taninos. Características adoradas por muitos, principalmente pelos neófitos, como afirma Franklin Bittencourt, professor da escola de sommelier Academie Du Vin, em Vila Velha.
“A uva preferida pelo capixaba é a Cabernet Sauvignon, que é também a uva mais cultivada no Chile. Muitos rótulos chilenos são familiares para nós e o consumidor sabe até mesmo o que esperar de vinhos de algumas das regiões vitivinícolas do Chile, como Maipo e Colchágua, famosas por suas grandes reputações quando o assunto é a Cabernet Sauvignon”, explica Franklin.
Franklin Bittencourt
Sommelier
"A uva preferida pelo capixaba é a Cabernet Sauvignon, que é também a uva mais cultivada no Chile."
A chegada dos vinhos do “Novo Mundo”, em especial dos chilenos, ajudou muito na popularização do vinho no Brasil. Mas não é só isso, e sabemos que não são só esses rótulos das vinícolas gigantes que preenchem as prateleiras dos supermercados e catálogos das importadoras.
Na próxima coluna, vou apresentar um Chile com pequenos viticultores e uma imensa diversidade que nem todo mundo conhece. Até lá!
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