Nenhum politico, em sã consciência, toma medidas contra a si mesmo e o povo. A não ser que seja “doido”! Essa é uma verdade que precisa ser dita. Ainda mais em uma pandemia, num ano que antecede as eleições. Mas a história mostra que não se pode subestimar a estupidez humana, a loucura e a ânsia pelo poder.
Sim, o governante do país, presidente Jair Bolsonaro, com seu exercito de bárbaros, age de forma deliberada para criar caos, barbárie e morte no país. É um inimigo do Estado! Suas ações prefiguram uma fuga para trás, rema na contramão da vida. E o pior, está é a sua forma de governar e fazer política. É a necropolitica. A política da morte.
E no Espírito Santo, o que faz o governador do Estado, Renato Casagrande? As suas medidas são pela vida ou pela morte? Elas são radicais, afetam a vida das pessoas, fecham comércio, limitam a circulação. Geram insatisfação, incitam opositores e despertam o debate na sociedade.
No entanto, o que é verdade é que, desde o começo, o governo do Estado trabalha muito para conter o avanço do vírus. E reage com as medidas que lhe restam, diante de um presidente que virou as costas para seu povo e nega o tempo todo a a realidade: “parece que só se morre de covid”.
Ora, está claro que existem limites na atuação política por parte dos governadores dos Estados, e aqui no Espírito Santo não é diferente. O pacto federativo exige muito dos Estados e municípios, concentra dinheiro público e poder na figura do presidente da República. Essa centralização é prejudicial e, em casos de crise como agora, deixa os Estados e seus governantes reféns do líder da nação.
Nessa gangorra de forças e tomadas de decisão, todos sofrem. A população fica confusa, mas precisa entender a gravidade da situação. Depois de um ano de condução negacionista da pandemia, não dá para dizer que o governo federal não sabia da gravidade, das mortes. A semana passada foi a mais mortal da história da pandemia. E ainda estamos com escassez de oxigênio e medicamentos.
É a maior crise de todos os tempos, e o Brasil está desgovernado. Sem rumo e com um presidente que comemora o caos e a morte. Trata os governadores como oposição, zomba e ri dos que considera adversários. “Fala em ditadores”, quando se refere aos governadores e prefeitos. Entrou com uma ação para barrar medidas restritivas nos Estados. E aglomera para comemorar seu aniversário.
É morte comemorar a ditadura, o que vai fazer no fim do mês. Um governo autoritário, que matou opositores e expulsou intelectuais e artistas do país. Perseguir quem pensa diferente e atacar a liberdade de expressão, numa democracia, é morte. Trocar ministros várias vezes, por discordar da forma científica de atuação, é claro sinal de morte.
O que resta ao governador do Estado, Renato Casagrande, diante da falta de ação, de decisão e total omissão, que criaram e aprofundaram a morte no país? Reagir e tomar medidas fortes! Porque para vencer a política da morte, implementada por um nacionalismo sanitário, que usa como método um negacionismo doentio e tem bases ideológicas fundamentalistas, não existe outra forma.
Foi falado e todos sabem, desde o começo da pandemia, que é preciso, diante do aumento de casos, ampliar a testagem e fazer um bom rastreamento de casos. É a prevenção. Criar leitos é necessário, mas é agir na consequência. As ações deveriam conter o avanço da doença. Ela não poderia acontecer dessa forma, mas com a virada de o ano a coisa piorou.
Os especialistas também falam de forma unânime que não existe estrutura e suporte em saúde para conter o avanço desta doença. Isso quer dizer que, sem mudanças de comportamento e ações radicais como lockdown, a coisa vai piorar.
Por isso é assertiva a tomada de medidas mais restritivas como das do governo do Espírito Santo. É preciso parar. Dar vacinação em massa. Garantir verba para quem fica em casa. Apoiar essas medidas é se unir em favor da vida. Só assim para vencer a morte do negacionismo. Afinal, só quem está vivo pode retornar ao trabalho.
* Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta
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