Ex-goleiro de futebol brasileiro que atuou nas décadas de 1970 e 1980. Nos anos 1990 foi para o futebol de areia. Hoje atua como comentarista esportivo para a TV Gazeta e colunista de A Gazeta.

Entrosamento fez a diferença para o Flamengo ganhar o Campeonato Carioca

Com o sistema de jogo bem definido, jogadores mudam de posição naturalmente. Fluminense não conseguiu acompanhar o ritmo

Publicado em 25/05/2021 às 02h06
Gabigol brilha nas finalizações, mas mérito é do conjunto
Gabigol brilha nas finalizações, mas mérito é do conjunto. Crédito: Alexandre Vidal / Flamengo

Tem algo muito importante no futebol, e ele fez toda a diferença na decisão do Campeonato Carioca: o entrosamento!

Com exceção do goleiro e de um ala, o Flamengo levou a campo contra o Fluminense, na final do Estadual disputada no último sábado (22), a mesma espinha dorsal que o levou a levantar a Taça Libertadores e ser vice-campeão do Mundial de Clubes. Jogando junto já tanto tempo, Éverton Ribeiro troca de funções com o Gerson naturalmente. Sem precisar de nenhuma ordem do técnico Rogério Ceni. Se para eles é normal, e fazem com aplicação tática, para o adversário é um tremendo problema. O mesmo se aplica a Gabigol e Bruno Henrique, pois num piscar de olhos se movimentam e enganam a defesa contrária. Ah! Tem o Arrascaeta também...

O Fluminense, seu adversário na decisão, poderia seguir o exemplo daqui para frente. Tentar construir para o Campeonato Brasileiro uma espinha dorsal que se equilibre e solidifique a equipe. Mas para isto acontecer será necessário abandonar de uma vez por todas a mania dos técnicos atuais de mandar a campo o tenebroso time alternativo. Sim, porque somente com a sequência de jogos com a mesma formação virá o entrosamento.

No futebol jogado na atualidade com carência de grandes jogadores é o caminho mais curto para o sucesso. O exemplo foi dado.

CAMPEONATO PAULISTA

Depois de um longo jejum, finalmente deu São Paulo. Méritos ao treinador Crespo que conseguiu, com a tática utilizada, neutralizar o perigoso contra-ataque do Palmeiras. O português Abel Ferreira, treinador do Verdão, tem uma tarefa para o restante da temporada: buscar alternativa para o sistema de jogo, pois elenco para tal ele tem.

CAMPEONATO MINEIRO

O Galo foi o campeão! Parabéns para o Atlético-MG do treinador Cuca, que aliás tem um belo plantel em mãos. Mas o América-MG, vice-campeão, está reclamando com razão a não marcação de um pênalti nos acréscimos da partida final.

CAMPEONATO CAPIXABA

O Real Noroeste, com muita aplicação tática, conseguiu segurar o Rio Branco-VN até então imbatível em seus domínios. A equipe de Venda Nova do Imigrante foi surpreendida pela forte marcação do Real. A decisão foi nas penalidades e assim como na disputa da semifinal, o time de Águia Branca foi mais efetivo e levantou a taça pela primeira vez no Campeonato Capixaba.

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