Alguns detalhes me chamaram a atenção na última rodada do Brasileirão. A começar pelo Flamengo, cada vez mais folgado na liderança da competição. O técnico Jorge Jesus colocou em campo a equipe jogando de uma forma diferente: um pouco mais contida no ataque e com uma ênfase maior em não deixar o adversário ter liberdade para jogar. Mesmo atuando desta forma, o time continuou mostrando a sua força e, principalmente, seus jogadores souberam fazer em campo tudo que foi solicitado pelo seu técnico.
Ciente que o Athletico-PR não costuma dar chutões para frente na saída de bola, Jorge Jesus armou uma forma de dar o “bote” dentro da área do adversário. Assim nasceu o primeiro gol do rubro-negro carioca: em uma roubada de bola de Bruno Henrique, que colocaou-se entre o goleiro Léo e o volante Wellington.
Jorge Jesus teve humildade em reconhecer que o ponto forte do time paranaense era a velocidade do atacante Roni (vide o jogo da Copa do Brasil no Maracanã em que ele ganhou na velocidade de Rafinha e fez o gol de empate do Furacão) e procurou dar uma cobertura maior ao setor defensivo, pela direita. Nesse ritmo, com oito pontos de vantagem sobre o Palmeiras segundo colocado do Brasileirão, o Flamengo, com seus jogadores aplicados dentro de campo e mostrando prazer em jogar futebol, dificilmente deixará de conquistar o título do Brasileirão.
Palmeiras
O Palmeiras trocou de técnico, mas a forma do time jogar continua a mesma. Mano Menezes, assim como Felipão, prefere o aspecto defensivo do jogo. Isto é , com base na defesa sólida vai construindo a vitória e conquistando os três pontos independente se a atuação é bonita ou não. Por isso costumo chamar as atuações do Palmeiras de pragmática. Um futebol previsível, porém eficiente.
Grêmio
De mansinho, desde que começou a se dedicar mais ao Brasileirão, o Grêmio vem conquistando vitórias na competição e acumulando pontos que o levaram ao sexto lugar, no grupo que garante a classificação à Libertadores, e já encostado em São Paulo e Corinthians. É sempre bom ficar de olho no time de Renato Gaúcho.
Atlético-MG
Mais um técnico caiu no Campeonato Brasileiro. Rodrigo Santana, do Atlético-MG, não resistiu a sequência negativa da equipe e foi demitido. O que me causa “espécie” na situação é o substituto escolhido pela diretoria, Vagner Mancini, aceitar um contrato de apenas três meses. Chego a conclusão que clube ou técnico não tem intenção de trabalharem juntos no ano que vem.
Cruzeiro
E o Cruzeiro de Abelão continua patinando no campeonato, com seus jogadores demonstrando intranquilidade e falta de atenção nos jogos. Não pode ser normal após estar com três pontos preciosos nas mãos ceder o empate nos acréscimos da partida contra a Chapecoense, lanterna do campeonato. A cada partida, a situação fica mais difícil.
Seleção Brasileira sonolenta
Como está difícil assistir jogos da Seleção Brasileira sem se irritar com tanta falta de interesse por parte dos jogadores na partida. Me parece que grande maioria de atletas já estão acomodados à situação de intocáveis no time, por isso encaram essas partidas como simples amistosos e não competem como preciso, talvez desconhecendo a importância em vestir a camisa da Seleção Brasileira.
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Aliás, o exemplo tem que ser dado de cima em não aceitar amistosos desta natureza que colocam em jogo o nome do futebol brasileiro construído por diversas gerações no campo de jogo.
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