Amigos, em 2020, a diretoria do Palmeiras ofereceu ao técnico Vanderlei Luxemburgo a missão de promover os jovens talentos que vinham tendo sucesso nas categorias de base. Uma geração que conquistou vários títulos. Pois bem, essa era uma sinalização de mudança de rumo do futebol no clube. Afinal, nos últimos anos, com o forte patrocínio, contratava jogadores no mercado, porém sem grandes resultados.
Vanderlei foi demitido mesmo tendo conquistado o Campeonato Paulista. No olhar da torcida e da diretoria, o time não produzia em campo o futebol esperado. O auxiliar Cebola herdou o trabalho e, inteligentemente, mexeu em algumas peças, mas manteve a base da equipe montada pelo ex-técnico. “Esquentou” o lugar e acumulou vitórias até a chegada do lusitano Abel Ferreira.
O jovem técnico português junto com sua comissão técnica apenas deu seguimento ao trabalho e contribuiu para o sucesso do Palmeiras na temporada. Ok , podemos questionar o fracasso da equipe no Mundial de Clubes. Como desculpa, apesar de concordar com as fracas atuações no torneio, achei muito curto o período entre o título da Libertadores e da viagem para a competição no Mundial. Convenhamos que após uma grande conquista será sempre necessário um tempo para baixar a euforia (principalmente nos jovens) e recomeçar com novos desafios.
A Tríplice Coroa (Campeonato Paulista, Libertadores e Copa do Brasil) veio coroar uma prática talvez esquecida pelos dirigentes imediatistas: o investimento nas categorias de base, com bons profissionais, rendem não só receita na venda de valores como também títulos para aumentar a galeria de troféus dos clubes.
A DIFERENÇA NO GOL
Nas duas partidas finais da Copa do Brasil ficou bem nítida a diferença entre os goleiros. Enquanto Weverton , hoje o melhor da posição entre os que atuam no Brasil, transmitia segurança à sua equipe, o mesmo não acontecia com Paulo Victor na meta do Grêmio. Sem entrar no mérito da questão da troca promovida por Renato Gaúcho, achei o goleiro inseguro nas partidas. Sem confiança, talvez pela falta de ritmo, vacilou bastante nos lances fundamentais que resultaram nos gols do Palmeiras.
O FUTEBOL E A PANDEMIA
Repercutiu muito o desabafo do técnico Lisca Doido, do América-MG, sobre sua preocupação nos deslocamentos das equipes na Copa do Brasil. Lisca, que de doido não tem nada, apenas deu voz ao sentimento da maioria dos atletas e treinadores das equipes do futebol brasileiro. Segundo as autoridades sanitárias do País, estamos com a curva ascendente de casos da Covid-19 e precisamos continuar com as principais medidas de proteção.
Gostaria de acreditar que na Copa do Brasil , 80 equipes se deslocando por todas as partes do Brasil não correrão risco de contaminação nas viagens aéreas ou terrestres e concentrações nos hotéis. Mesmo com os protocolos exigidos, cito o exemplo de 19 pessoas entre jogadores e funcionários do Corinthians que foram contaminados em pleno Campeonato Paulista. Isto é, sem sair de seu Estado.
Entendo que a paralisação do futebol no Brasil iria gerar grande impacto nas finanças dos clubes, já prejudicados com a falta da bilheteria dos jogos. Porém, acredito que o respeito pela vida das pessoas deveria vir em primeiro lugar.
CAMPEONATO CAPIXABA
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Vitória, Rio Branco e Rio Branco de Venda Nova lideram o campeonato com 100% de aproveitamento nas duas primeiras rodadas. Destaco como o gol da rodada a excelente cobrança de falta do experiente Edinho na vitória do time de Bento Ferreira sobre o Serra no Estádio Robertão.
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