Ex-goleiro de futebol brasileiro que atuou nas décadas de 1970 e 1980. Nos anos 1990 foi para o futebol de areia. Hoje atua como comentarista esportivo para a TV Gazeta e colunista de A Gazeta.

Seleção brasileira: política fora das quatro linhas

Espero ansioso para que este turbilhão político não afete o time dentro de campo e Tite possa ter a tranquilidade na direção da equipe contra o sempre perigoso Paraguai

Publicado em 08/06/2021 às 02h00
Seleção Brasileira decidiu disputar a Copa América
Seleção Brasileira decidiu disputar a Copa América. Crédito: Lucas Figueiredo/CBF

Sempre tive receio do andamento esportivo quando atropelado pela política. As notícias são mais interessantes sobre futebol quando analisamos as jogadas, os gols, as defesas dos goleiros, enfim, o que é jogado em campo.

Incomoda bastante a nós, amantes do bom futebol, tecer comentários sobre dirigentes, pois os verdadeiros astros e que levam a paixão dos torcedores serão sempre os jogadores. Mas não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo na maior entidade do futebol brasileiro, a CBF.

O presidente Rogério Caboclo, agora afastado do cargo pela comissão de ética da entidade para tentar se defender das denúncias de assédio sexual, iria fazer mudanças no comando da Seleção Brasileira movido pela pressão governamental por diferenças políticas. Ora amigos, é direito de cada um ter a sua orientação política e ela não pode nem deve interferir dentro das quatro linhas.

Nesta terça-feira (08), a Seleção Brasileira entra em campo para enfrentar o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e defendendo a liderança e também o 100% de aproveitamento. E pasmem, todo o noticiário em torno da partida foi direcionado para saber se o técnico Tite seria substituído no comando e se os jogadores dariam a versão sobre o pensamento deles em relação a participação na Copa América. Quando na realidade gostaríamos de estar focados em quais serão os titulares que entrarão em campo para jogar.

É o meu caso pois gostaria de ver na partida de hoje um meio-campo mais criativo e não o que jogou contra o Equador na partida passada, apesar da vitória. Casemiro e Fred atuaram na mesma faixa de campo, isto é, priorizando a parte defensiva e não dando a velocidade necessária para a saída de bola da defesa para o ataque. A equipe melhorou no segundo tempo após Tite recuar Lucas Paquetá para o lugar de Fred. O meia ex-Flamengo deu mais qualidade no início das jogadas.

No ataque, senti Gabigol um pouco afoito, preocupado em fazer o gol a qualquer custo. Teve duas grandes oportunidade na partida, mas faltou a calma necessária (como ele tem no Flamengo) para matar o goleiro adversário. Espero ansioso para que este turbilhão político não afete o time dentro de campo e Tite possa ter a tranquilidade na direção da equipe contra o sempre perigoso Paraguai.

SELEÇÃO OLÍMPICA

Não me lembro de alguma vez qualquer time brasileiro ter sido derrotado por algum de Cabo Verde. Dizem que é sinal dos tempos com um futebol nivelado mundialmente. Discordo amigos, pois a equipe brasileira, sem entrosamento é verdade, mas com jogadores de bom nível deveriam se impor desde o início na partida e colocar em prática a sua superioridade. Faltou empenho e sobraram falhas por pura desatenção da equipe.

BRASILEIRÃO

Sem o Flamengo, que teve o jogo contra o Grêmio adiado em função da ausência dos jogadores convocados para seleções, destaco na rodada o Atlético-GO, que venceu o São Paulo com propriedade e demonstrou ser uma boa equipe e poder dar trabalho neste campeonato. Palmeiras e Atlético-MG venceram seus respectivos adversários e ratificaram a condição de favoritos para a disputa do título junto com o Rubro-Negro.

SÉRIE B

O Botafogo, com os três pontos conquistados na partida contra o Coritiba, subiu na tabela, porém precisa melhorar bastante para sua torcida acreditar no retorno ao grupo de elite do futebol brasileiro. Já o Vasco da Gama precisava vencer, mas ficou no empate com a Ponte Preta apresentando queda de rendimento na segunda etapa da partida. Achei seu treinador um pouco confuso na escalação da equipe.

BRASILEIRO SÉRIE D

Na primeira rodada da fase de grupos, o Rio Branco recebeu no Estádio Kleber Andrade a Caldense. O time capixaba estava bem principalmente no primeiro tempo, mas cedeu espaços e permitiu a virada do time mineiro. A equipe precisa encontrar o equilíbrio para não ter a queda de rendimento durante os próximos jogos.

O Rio Branco-VN conseguiu o empate já nos acréscimos contra o Patrocinense. Um bom exemplo: em desvantagem no placar por todo o jogo, não deixou se abater e buscou até o final a igualdade no placar. Acabou sendo premiado.

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