Ter uma empresa – com funcionários e tudo – que anunciou falência em 2017 foi um pontapé e tanto para Kleverson Passos, de 31 anos, se tornar hoje conhecido como "o corretor de imóveis dos chiques e famosos" do Espírito Santo. Há cerca de quatro anos, ele viu oportunidade no mercado de luxo e decidiu se dedicar a vender e locar mansões e imóveis de alto padrão – trabalho que o fez vender, em 2019 por exemplo, aproximadamente R$ 20 milhões. “Mas a meta anual agora é R$ 30 milhões”, adianta.
Ele, que negociou o aluguel da casa em que vai viver Marcus Buaiz e Wanessa Camargo com os filhos, em condomínio de luxo da Serra, também é responsável pela transação imobiliária de alguns jogadores de futebol bastante conhecidos pelo Brasil afora. Entre outras celebridades atendidas por Kleverson está o cantor Eduardo Costa.
Kleverson Passos
Corretor de imóveis
"Meu maior luxo é a satisfação do cliente"
Recentemente, também foi convidado por gente graúda de uma construtora e incorporadora para atuar na linha de frente das vendas do Cyrela Heritage, em Itaim Bibi, São Paulo. Para quem não sabe, trata-se de um empreendimento residencial com apartamentos de, em média, 600 metros quadrados que serão comercializados por valores que vão de R$ 16 milhões a R$ 36 milhões cada. “Com a pandemia, acabei não podendo ir. Iria para São Paulo, em definitivo, agora em junho, mas não dá”, justifica.
Mas a coluna, caro leitor, só fez questão de traçar esse histórico para mostrar o quão surpreende é a história do rapaz que foi criado em Eldorado, bairro de periferia da Serra. “Não vim de família tradicional. Ouvi muitas vezes gente falando que eu não tinha comportamento, relacionamento para trabalhar no mercado de alto padrão. Mas fui muito perseverante e, pelo meu trabalho, conquistei clientela. Tive o apoio dos meus pais e da minha esposa, que sempre acreditaram no que eu me propunha a fazer”, agradece.
Kleverson Passos
Corretor de imóveis
"Tive que me reinventar. Via todo mundo do ramo (imobiliário) fazendo a mesma coisa, vendendo as mesmas coisas. Pensava: “Essa profissão não é isso. Quero mais!” "
Atualmente, ele mesmo vive em Colina de Laranjeiras, bairro de região valorizada da Serra. “Mas estou de mudança. Vou, inclusive, fazer um ‘programa’ que vai mostrar desde a construção da minha casa até a abertura oficial da porta pela primeira vez. As pessoas têm curiosidade e, desde o início, um dos meus diferenciais foi produzir materiais de divulgação e marketing profissionais para anunciar os imóveis”, conta, confidenciando que seu novo CEP será no Boulevard Lagoa, condomínio de luxo da mesma cidade.
AOS MILHÕES!
Até por lidar com clientes e parceiros que prezam muito pela discrição, Kleverson se esquiva de detalhar algumas informações curiosas, tipo “a casa mais cara que já comercializou”. Porém, ele confidencia que, em 2019, por exemplo, bateu a meta de R$ 20 milhões em vendas. “Atualmente devo ter algo em torno de 115 imóveis. Vendo na Serra, Vitória, Vila Velha, Domingos Martins... Todos, eu sei quais são. Lembro de, pelo menos, 90% das características, e por isso eu sempre prezei”, relata.
Tanto é verdade que o corretor lembra de, recentemente, ter realizado uma venda de grande porte – em valores e em quantidade de unidades – para um comprador do Japão. “Ele nem visitou os imóveis. (O cliente) fez tour virtual pelos imóveis, viu os vídeos de drone que eu sempre costumo fazer, as fotos que eu mando, e só pediu a uma pessoa que viesse conferir se as fotos estavam de acordo. E estavam! Então fechou o negócio. É isso que eu quero hoje, esse tipo de confiança, de relação”, exemplifica.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o corretor aproveitou para rever alguns imóveis e contratos. Na última sexta (29), quando bateu o papo com a coluna por telefone, havia acabado de contratar uma assistente para ajudá-lo com a parte burocrática do ofício. E contou a novidade para o pós-isolamento: “Decidi, mesmo em meio à quarentena, aumentar meu tíquete. Tinha alguns imóveis até de R$ 900 mil. Mas a partir de agora vou ficar com os que são a partir de R$ 1,3 milhão, R$ 1,5 milhão”.
Quando passar o período do surto da Covid-19 e tudo começar a voltar à normalidade, os planos do capixaba continuam sendo mirar na expansão da zona de atuação e, cada vez mais, o mercado de luxo no Estado e fora dele.
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