Uma réplica do Arco do Triunfo, de Paris, elevador e portaria privativos, salões com pé direito de 7 metros embalados em mármore de Carrara e mesa de jantar para 24 pessoas são alguns dos glamourosos atributos que tem a famosa cobertura triplex da mecenas Ângela Silvares Fragoso Pires, que fica na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Mas, apesar de correr solta pelas rodas da sociedade, a notícia de que o terceiro andar do palacete estaria sendo alugado por R$ 15 mil por noite para festas não passa de uma mentira.
A coluna, que não dorme no ponto, decidiu passar a história a limpo com a própria capixaba, que nos últimos anos só cedeu parte da propriedade - que tem o design assinado pelo francês Joseph Gire, o mesmo arquiteto do Copacabana Palace - à Rede Globo. Lá, foram filmadas cenas de "O Outro Lado do Paraíso", como A Gazeta noticiou, à época, com exclusividade.
"Continuo morando no triplex e ele está à venda. Apenas isso. Eu estou com outro apartamento meu, neste mesmo edifício, que estou alugando. Mas é uma unidade completamente independente. Agora estamos em um momento de retomada, já existem pessoas procurando", esclarece.
Trata-se de um imóvel lateral com cerca de 450 metros quadrados. "Eu espero que quem alugue este apartamento e quem compre o triplex viva as mesmas coisas que eu vivi. O Rio era outro naquela época e eu espero que quem adquira tenha a mesma mentalidade que tive", comenta.
Ângela - que é natural de Conceição da Barra, no Espírito Santo, já morou nos Estados Unidos e Europa - é considerada uma legítima mecenas (valorizadora das artes). Por décadas, coordenou festas na cobertura reunindo o que podemos chamar de "PIB da high society" para profissionalizar artistas e promover fundos para entidades carentes.
Moradora da Cidade Maravilhosa desde seus 11 anos de idade, avalia: "Quando voltei dos Estados Unidos e Europa, cheguei do estrangeiro com outras ideias e tive força e vontade para educar o povo daqui a valorizar a cultura".
Fotos do arquivo de A Gazeta (Cedoc) revelam encontros de Ângela e amigas que já viraram notícia pelo caráter social.
Encontros beneficentes de Ângela Fragoso Pires
O PALACETE DE ÂNGELA FRAGOSO PIRES
Existe um mundo melhor. Ele é mais caro e, neste caso, tem até endereço: Praia do Flamengo, 284. Não tem quem não se escandalize com os salões da mansão suspensa de Ângela, que também é formada em Sociologia e Política pela PUC.
E não é para menos: além do que já foi discriminado, o imóvel de luxo tem 11 quartos de empregados, 5 suítes masters, biblioteca, salão de dança, salão de música, jardim (com pé de nêspera e jabuticabeira), piscina aquecida em mármore, salão de jogos, sauna, banho de vapor, adega, ar condicionado central e garagem para 10 carros.
Já casada com o marido, com quem vive há quase 44 anos (completa em fevereiro do ano que vem), Ângela adquiriu o triplex há cerca de 43 anos e desde 2013 o imóvel está à venda. Antes, a propriedade pertenceu a Jorginho Guinle.
A cobertura triplex de Ângela Fragoso Pires
Apesar de se abster de revelar valores, a coluna, que não é boba nem nada, sabe que o preço de especulação no mercado em torno da cobertura é de R$ 60 milhões para cima.
FALANDO EM RETOMADA...
Quem está a ponto de voltar a desbravar os mares é MSC Grandiosa, maior navio da frota da empresa que leva as mesmas iniciais da embarcação. O hotel de luxo flutuante já fez seis viagens no Mar Mediterrâneo pós-quarentena mais rígida e, agora, sua direção conversa com autoridades da América do Sul para expandir a rota de viagem. No Brasil, a operadora pretende navegar com seus modelos MSC Seaview, MSC Musica, MSC Preziosa e MSC Sinfonia.
Entre as regras que a companhia passou a adotar, em meio à pandemia da Covid-19, está a testagem em massa dos passageiros e tripulação. "Os hóspedes adotaram de forma positiva as novas medidas de saúde e segurança porque sabem que são essenciais para que possam relaxar e desfrutar do cruzeiro", fala Adrian Ursilli, diretor-geral da MSC Cruzeiros no Brasil.
PANDEMIA OU CAIS DAS ARTES?
No Twitter não se fala em outra coisa que não meme. E a coluna, que tudo vê, viu mais essa: pandemia ou Cais das Artes? Imagem postada por internauta, da obra do governo do Estado na Enseada do Suá, compara o tempo da quarentena pelo coronavírus ao tempo das obras do complexo cultural projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha. O post tem mais de 1,5 mil reações e centenas de comentários e compartilhamentos.
Mas as risadas só valem pela brincadeira, já que a construção do local se arrasta desde 2010, além de já ter consumido algo em torno de R$ 230 milhões, conforme revela linha do tempo publicada em A Gazeta em março do ano passado.
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