Eles fazem o planejamento e compra de mídia, escolhem os canais mais pertinentes para alcançar os objetivos do cliente, buscando a máxima rentabilidade. Fazem monitoramento e desempenho de campanhas, ajustes em tempo real, coordenação de equipes…Ufa! Nada mais justo do que celebrar o dia desses profissionais que desempenham um papel crucial dentro das agências de publicidade.
Hoje é Dia do Mídia! E a coluna Pelo Mercado ouviu alguns dos profissionais que são referência no nosso mercado por estarem antenados nas principais tendências da área e por serem assertivos na análise de público-alvo, seleção de canais, gestão de orçamento e compra de espaço publicitário. Tudo para que as campanhas sejam perfeitas e, claro, o cliente fique satisfeito.
Grazieli Fiorese é uma dessas profissionais. Ela, que é coordenadora de Mídia da Ampla Comunicação, ressalta a importância dos dados na criação das campanhas.
Grazieli Fiorese
Coordenadora de Mídia da Ampla
"Uma das tendências mais discutidas atualmente é o fim dos cookies, que traz à tona a importância do "first party data". Esse conceito envolve o armazenamento direto dos dados dos usuários pelas próprias marcas e empresa"
Nesse cenário, segundo ela, a criatividade precisa estar em sintonia com o conteúdo para capturar mais informações comportamentais e cadastrais dos consumidores, abrangendo desde seus interesses até suas rotinas.
“Com essa mudança, é possível que haja uma queda na segmentação de mídia, provocando um retrocesso nas plataformas de mídia. Esse movimento está diretamente relacionado às leis de proteção de dados. À medida que as plataformas deixam de armazenar esses dados e o armazenamento se torna mais criterioso, estamos entrando em uma era de hiperpersonalização. Conhecer profundamente o consumidor será essencial para criar uma jornada de compra e awareness mais eficaz.”
Ela explica que a Ampla entrega aos clientes "menos do mesmo", focando no comportamento e na experiência do consumidor, na jornada de compra e no relacionamento. “Com o fim dos cookies, as agências e anunciantes precisarão planejar formas cada vez mais pertinentes e atrativas para que os consumidores forneçam seus dados. Nesse sentido, reforça-se a importância de um gestor de dados nas agências, para garantir que essa transição ocorra de maneira eficiente e eficaz”, concluiu.
Receita mais complexa
Eduardo Mendonça, diretor de mídia da AQuatro, também ressalta a transformação desse mercado. Ele lembra que em um passado, não muito distante, fazer um planejamento de mídia era como seguir uma receita simples.
Eduardo Mendonça
Diretor de mídia da AQuatro
"Com informações básicas como o público-alvo, a praça e a verba, traçávamos a melhor estratégia dentre os poucos meios e veículos que a época nos disponibilizava e, pronto, o sucesso das campanhas dos clientes estava garantido"
Só que com a consumação da Era Digital e a inundação tecnológica que se espalhou pelo mundo, o cenário do mercado da comunicação se transformou. “Hoje, os ingredientes da receita são outros. Aumentaram, ficaram mais complexos e passaram a exigir métricas antes não utilizadas, além de muita técnica”, disse.
As mídias tradicionais se adaptaram ao novo modelo e outras tantas surgiram. Ao mesmo tempo, a sociedade também se transformou e passou a se organizar de várias formas, mudando os seus conceitos e hábitos de consumo, tanto de produtos e serviços como de mídia.
“O espectador passou também a ser transmissor, ganhou voz. As diferentes gerações consumidoras e suas variações têm necessidades e aspirações distintas, exigindo personalização na entrega das mensagens e conteúdos.”
Para Eduardo, diante da pulverização dos canais de mídia, os anunciantes buscam cada vez mais resultados com menor esforço financeiro. Nesse cenário de constante transformação, agências e profissionais de mídia enfrentam o desafio de estabelecer conexões assertivas entre marcas e pessoas.
“Um dos maiores desafios é implementar uma estratégia omnichannel eficaz, integrando perfeitamente todos os pontos de contato com o consumidor para oferecer uma experiência coesa e personalizada. Como aliados, temos a própria evolução tecnológica da Era Digital.”
A força do on e do off
“Não é novidade que a mídia digital está tomando conta do mercado, mas acredito muito na força das mídias tradicionais, e entendo que, para um bom planejamento estratégico, uma marca precisa estar presente no on e no off”, disse Jennifer Kozlowski, mídia da Agência Chuva.
Na opinião dela, o entendimento do comportamento do consumidor é algo que precisa estar sempre na rotina de quem trabalha com marcas, avaliando os dados de audiência e hábitos de consumo.
Jennifer Kozlowski
Mídia da Agência Chuva
"Nós, aqui na Chuva, utilizamos essa estratégia e estamos sempre avaliando os dados do consumidor e mantendo um estudo de mercado. Buscamos atender os nossos clientes para que eles possam estar presentes em todas as jornadas do seu cliente final"
Não à toa, o mídia é o profissional responsável por conhecer os meios e veículos que melhor se adequam aos clientes e, por isso, precisa estar atento e aberto a mudanças.
Estratégia crossmedia
Cláudio Batista, gerente de Mídia da C3 Comunicação, reforça a fala de Jennifer: “Novas possibilidades surgem todos os dias. Os canais, antes restritos ao off-line, hoje se multiplicaram e a cada dia oferecem novas oportunidades. A tendência é fazer com que todos os meios, on e off, convirjam para uma campanha coesa e que dê o resultado esperado pelo cliente.”
De acordo com ele, esse exercício já vem sendo feito pelas agências, que já entenderam a importância dos novos canais sem desmerecer ou abandonar os meios tradicionais.
Cláudio Batista
Gerente de Mídia da C3 Comunicação
"Na C3 Comunicação, trabalhamos o crossmedia para que os clientes tenham variados canais de comunicação, seja segmentando informações a um target específico, seja utilizando canais com penetração de massa, para levar suas mensagens, produtos e ofertas"
Para Claudinho, o mais importante para um profissional de mídia é entender que todos os meios são importantes e eficazes, desde que utilizados na forma e no momento correto. É preciso estudar, analisar e aprender com o novo para ter um bom resultado no planejamento de mídia.
Olhar de inteligência
Haiane Rocha, gerente de Mídia, Planejamento e Dados da MP Publicidade, destaca a importância da multicanalidade e das diversas plataformas digitais com tendência nesse mercado. “Isso exige de nós, mídias, um olhar de inteligência de dados, buscando, além de pesquisas disponíveis no mercado, a integração dos dados do cliente e o acompanhamento dos resultados de cada campanha. Isso é fundamental para podermos recomendar as estratégias de mídia mais assertivas.”
Ela ressalta que as métricas, organizadas por meio de ferramentas de dashboards, possibilita as análises de números e a geração de insights, que hoje são orientados por dados. E acrescenta que o digital trouxe esse mindset para aplicar também nas mídias off-line.
Haiane Rocha
Gerente de Mídia e Planejamento e Dados da MP Publicidade
"Hoje, também temos a possibilidade de utilizar a inteligência artificial para nos apoiar nesse processo de organização de dados para ganhos de produtividade e agilidade, permitindo que o mídia seja mais analítico e estratégico"
TV conectada, conteúdo e creators
A coordenadora de Mídia da Prósper Comunicação, Kaylla Bottoni, chama a atenção para a importância do planejamento e das estratégias de mídia nesse cenário de avanço desenfreado da tecnologia e mudanças no comportamento de consumo.
Kaylla Bottoni
Coordenadora de Mídia da Prósper Comunicação
"As ações diferenciadas na TV, a TV conectada, a produção de conteúdo para as marcas - transitando entre a mídia tradicional, formatos especiais e creators -, além do Digital Out of Home, cada vez mais presente no dia a dia, são formatos que já demonstram o impacto da mudança de comportamento de consumo das mídias"
Para ela, o chamado "horário nobre" mudou. "O horário premium do consumidor A é diferente do horário do consumidor B. E os dados fazem cada vez mais sentido na busca da melhor estratégia, alinhando a aplicabilidade dos insights ao bom e velho feeling. E ainda temos a IA como uma ferramenta poderosíssima na construção de novas possibilidades, o que nos traz mais uma oportunidade de ressignificar e aprimorar a profissão.”
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