Olha elaaaaaaaaaaaaa!!!!
Ah que prazer falar com vocês por aqui também. Que intenso...que potente.
Mas é preciso falar pra quem já me conhece e pra quem não me conhece que a escrita sempre foi a maior das minhas terapias de sobrevivência e que voltar a escrever é algo muito especial pra mim, ainda mais nesse momento da minha vida. Assim, desde já, tomara que você goste dessa minha nova viagem.
Mas enfim, vamos às apresentações, né?
Meu nome é Priscila Gama, tenho 38 anos, sou uma mulher preta periférica, capixaba orgulhosa e 'toda-toda', mãe de dois filhos, casada com um cara lindão e brabo (como eu, inclusive!).
Sou uma mulher ligada no 220w, literalmente. Uma apaixonada pelo futuro, pela humanidade e uma potencializadora de dias melhores, uma ponte pras transformações que fazem meu coração palpitar, uma voz pras dores que nos fazem chorar.
Mas há quem diga que eu sou como a música: “uma deusa, uma louca, uma feiticeira...”. Brincadeiras à parte eu, que tenho ascendente em leão, concordo – principalmente com a parte da música que diz “ela é demais”.
Mas por que eu tô me apresentando exaltando justamente o meu egocentrismo leonino? Porque eu queria dividir com vocês a minha jornada de autoafeto, autocuidado, autoestima em um caminho pelo empoderamento que me fez compreender a importância em celebrar as nossas vitórias sem ter vergonha disso.
Durante quase toda a minha vida eu me deparei com uma construção cultural bem cruel com mulheres como eu – tinha racismo, machismo, sexismo, misoginia, preconceito social, gordofobia... ixi... no pacote do que me era imposto, muita violência se conectava e caia sobre a minha vida como uma bomba invisível a olho nu e extremamente cruel. O que sobressaía era sempre o fato de que isso ou aquilo, quase sempre, não era coisa pra mim. E assim como eu não podia ter determinadas coisas, eu também não podia ser muita coisa.
E eu não podia ser sobretudo, uma mulher que se compreendia e se sentia satisfeita e feliz com ela mesma, como amar-se e orgulhar-se de si mesma fosse crime, pecado, ou sei lá o que.
O processo de empoderar-se não é algo que tenha fim. Não dá pra determinar se fulana ou beltrana é ou não uma mulher empoderada de maneira assertiva porque, a meu ver, o empoderamento é um exercício e não uma condição. Assim, seria impossível que a autonomia e independência estivesse estabelecida em mim de maneira ampla e intensa se eu não exercitasse todas as coisas em mim: a visão, a audição, a fala, o tato, a consciência, os sentimentos e a convivência com os outros. E olha, a gente falha e falha muito... até porque nem sempre é um exercício fácil.
A questão é que, mesmo falhando, existe um absurdo de coisas que de uma forma geral a gente acerta. Então por que não celebrar isso? Por que não fazer com que as pessoas saibam das coisas que te fazem feliz, as coisas nas quais você é boa, dos processos que você imprime sua excelência?
Por que a gente tem vergonha de celebrar as nossas vitórias? Me diz.
Bom, aqui tem uma colunista que celebra a vitória como quem celebra os minutos em vida. Alguém que deseja que você se permita celebrar as suas conquistas e que possa celebrar junto à outras também... Uma colunista que acredita que é preciso falar sobre indivíduos, limites, respeitos, privilégios, desprivilégios e igualdades, porque sem isso não vamos avançar enquanto humanidade e vamos passar a conquistarmos no coletivo e isso seria o fim.
E eu já falei que sou apaixonada pela humanidade, né?
O que eu não contei é que eu sou pisciana. E como boa pisciana eu me apaixono e amo com uma intensidade para além do alcance. Então, é bom que a humanidade se acostume com essa minha mania de apego e de fazer “micro-revoluções para macro-transformações” ®, porque eu vou me movimentar pra que a gente consiga seguir juntxs, em celebração e respeito.
Vamos? Cola seu afeto no meu?
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