O tão aguardado Disney+, serviço de streaming da Disney, finalmente chega ao Brasil nesta terça (17) com o preço de R$ 27,90 na assinatura mensal ou R$ 279,90 o plano anual, o equivalente a R$ 23,32 por mês. Há diversas promoções de sites como “Mercado Livre” e até uma parceria com o Globoplay, tudo para que a plataforma tenha um lançamento de sucesso no Brasil. A questão é: vale a pena assinar o Disney+? A resposta é óbvia: depende.
A Disney promoveu uma estratégia dura para o lançamento brasileiro de sua plataforma de streaming - desde “Frozen 2”, nenhuma obra da Disney chegará em mídia física ao Brasil. Além disso, a empresa retirou seus conteúdos de todas as outras plataformas, ou seja, quem quiser consumir Disney em casa, terá que assinar o Disney+.
Na verdade é exatamente isso que o serviço oferece, o catálogo das empresas que integram o grupo Disney, ou mais ou menos isso. O Disney+ nos EUA oferece diversos produto da FOX, adquirida pela casa do Mickey há pouco tempo. No Brasil, porém, como a FOX tem seus próprios serviços de streaming, a princípio o único título oferecido na nova plataforma será “Os Simpson”, e mesmo assim não há confirmação se todas as temporadas estarão disponíveis. Em comunicado, a assessoria afirmou que “alguns episódios de ‘Os Simpsons’ estarão disponíveis’”.
The Mandalorian
Além dos filmes clássicos do catálogo da Disney, o serviço tem algumas boas novidades. O chamariz, claro, são os conteúdos Marvel e “Star Wars”. Enquanto a primeira série do universo expandido dos heróis, “WandaVision”, chega apenas em janeiro (mas os filmes estão todos disponíveis), os fãs de “Star Wars” podem conferir a primeira temporada de “The Mandalorian” inteira já na estreia do serviço por aqui. Atualmente com três episódios exibidos na segunda temporada, “The Mandalorian” tem novos episódios lançados sempre às sextas-feiras - os dois primeiros, inclusive, serão exibidos nesta segunda (16) na “Tela Quente”, parte do acordo entre Disney e Globo.
O derivado de “Star Wars” é bem interessante, mas deve se manter restrito aos fãs da saga criado por George Lucas. A trama acompanha um mercenário mandaloriano que encontra um misterioso bebê, devidamente apelidado de Baby Yoda pelo público devido à sua semelhança ao personagem clássico. O problema é que toda a galáxia parece ter algum interesse no pequeno. “The Mandalorian” tem estrutura bem similar a um faroeste, gênero que, por sua vez, buscou inspiração nos filmes japoneses de samurais. Os fãs vão curtir as referências a histórias clássicas e até citações dos livros do cânone e de jogos como “Knights of Old Republic”.
Outro ponto forte do catálogo são as produções da Pixar, incluindo todos os ótimos curta-metragens. Fica a expectativa pelo lançamento do aguardado “Soul”, filme adiado pela pandemia que, se não houver nenhuma mudança, chega ao Disney+ em 25 de dezembro. Outro lançamento adiado, “Mulan” foi lançado na plataforma em setembro nos EUA, mas em formato premium, ou seja, o assinante teria que pagar ainda mais para ver o filme. No Brasil, porém, a adaptação da animação clássica chega em 4 de dezembro.
Por isso, voltando à pergunta do primeiro parágrafo, assinar o Disney+ é uma questão de gosto. Em busca de obras clássicas, desenhos nostálgicos, filme e séries de Pixar, “Star Wars” e Marvel? O streaming da Disney provavelmente é pra você. É importante não esperar dele, no entanto, uma variedade no estilo Netflix ou Amazon Prime Video - os conteúdos são todos com a assinatura Disney, ou seja, obras para toda a família, com lições de moral. O catálogo é ótimo, mas não é à toa que a Disney usa o Hulu, serviço ainda inédito no Brasil, para as produções mais “pesadas” das produtoras que fazem parte de seu império.
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