O ano que termina semana que vem foi bom para o cinema. Tivemos “Vingadores: Ultimato” se tornando a maior bilheteria de todos os tempos, uma demonstração da força dos heróis nas telas, mas nem só disso viveu a Sétima Arte em 2019.
Com a Marvel (e a Disney) no centro das discussões, muito falou-se sobre o que é ou não cinema, e tudo começou com Martin Scorsese. Pouco depois do assunto virar pauta, o diretor entregou um de seus filmes mais completos, “O Irlandês”, e justificou , em tela, seus argumentos. O filme também mostra que a Netflix quer ser reconhecida de vez como um grande nome da indústria - dois filmes lançados por ela no final do ano, “O Irlandês” e “História de um Casamento”, estão na minha lista de melhores de 2019; outro, “Dois Papas”, ficou de fora por pouco, bem pouco.
Vale ressaltar que os filmes desta lista não se encontram em uma ordem específica e respeitaram dois critérios básicos: terem estreado por aqui em 2019 e o gosto pessoal deste colunista.
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01
História de um casamento
O filme de Noah Baumbach para a Netflix é duro e cruel, mas também afetuoso. A história da separação do casal formado por Adam Driver e Scarlett Johansson emociona sem pesar a mão e coloca o espectador como parte daquela relação.
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02
Homem-Aranha no Aranhaverso
Como o filme só foi lançado por aqui na primeira semana de janeiro, seria injusto deixar a melhor aventura do Homem-Aranha para os cinemas fora da lista. “Aranhaverso” é um espetáculo de animação com diferentes técnicas que explodem visualmente. Tudo isso em uma aventura que resgata a essência do personagem.
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03
Bacurau
O faroeste nordestino de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles mostra a força de se fazer cinema pop no Brasil. “Bacurau” é Sam Peckinpah, Glauber Rocha, Tarantino e John Carpenter, tudo junto, numa catarse irresistível.
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04
Era uma vez... em hollywood
Falando em catarse, muitos torceram o nariz para o novo filme de Quentin Tarantino. “Era Uma Vez...” traz um diretor mais contido, quase reflexivo, mas ainda com ótimos diálogos e com uma correção histórica que explode em tela em um dos momentos mais legais do cinema recente.
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05
Parasita
A fábula anticapitalista de Joon-ho Bong caiu no gosto popular com uma narrativa de thriller, pitadas de comédia e um discurso sobre as mazelas da sociedade sem vilanizar os mais abastados. Presença certa no Oscar 2020.
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06
O Irlandês
Obra-prima do cinema de máfia, “O Irlandês”, de Martin Scorsese está disponível na Netflix desde novembro. Com três horas e meia de duração, o filme acompanha a jornada do tal irlandês (Robert De Niro) na máfia italiana. Scorsese se aproveita do tempo para mostrar como desenvolver personagens e relações de forma que cada decisão tomada em tela seja sentida pelo público.
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07
Coringa
O filme de Todd Phillips entra na lista como um marco da cultura pop de 2019. O vilão mais famoso dos quadrinhos ganha uma nova versão na pele de Joaquin Phoenix e eleva o nível dos filmes baseados em quadrinhos. “Coringa”, o filme, é um balé sádico sobre a criação de monstros pela sociedade que não sabe como lidar com eles.
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08
Vingadores: Ultimato
A conclusão da saga dos Vingadores, iniciada com o primeiro “Homem de Ferro”, em 2008, é impecável. Ao contrário de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, o filme satisfaz os fãs, mas tem coragem de tomar decisões ousadas. É uma recompensa para quem acompanhou, filme após filme, a criação e o desenvolvimento do maior universo cinematográfico pop da atualidade.
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09
Ford vs. Ferrari
O filme de James Mangold é o cinema em sua essência. Matt Damon e Christian Bale estrelam esse grandioso drama sobre um piloto e um empresário visionário dispostos a superar a imbatível Ferrari nas pistas de Le Mans. Uma história real filmada como espetáculo. “Ford vs. Ferrari” é tenso e empolgante, uma verdadeira explosão cinematográfica em que o clássico encontra o moderno.
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10
Ad Astra
James Gray é um dos cineastas mais subestimados de Hollywood. Em “Ad Astra” ele conta do talento de Brad Pitt para contar a história de um astronauta em busca de um sentido na vida, Deus, chame como quiser. A jornada de autoconhecimento de Gray tem doses de “2001 - Uma Odisseia no Espaço” e “Apocalypse Now”, mas tem assinatura própria. Ficção-científica como há muito não se fazia.
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