Crítico de cinema e apaixonado por cultura pop, Rafael Braz é Jornalista de A Gazeta desde 2008. Além disso é colunista de cultura, comentarista da Rádio CBN Vitória e comanda semanalmente o quadro Em Cartaz

Karol Conká: "Estou aprendendo a não atacar quando me sinto atacada"

Após participação conturbada no "BBB 21" e cancelamento, Karol Conká lança o ótimo disco "Urucum" e conta como a produção do disco a ajudou a se encontrar e entender tudo pelo que passou

Vitória
Publicado em 31/03/2022 às 21h00

Ao marcar a entrevista com a rapper Karol Conká, a minha ideia era falar de música, do lançamento do ótimo "Urucum", seu novo disco. Ao receber o release do álbum, no entanto, o primeiro parágrafo já falava da conturbada participação da cantora no "Big Brother Brasil" de 2021. Será impossível, hoje, dissociar Karol de tudo o que aconteceu no programa?

"Não dá! Não dá! Neste momento é possível dissociar a personalidade, o meu comportamento daqui com o que foi lá, mas é impossível não comentar sobre o assunto porque afinal de contas foi um caos, um baque, foi um trauma pra mim e acho que pra todo mundo", conta Karol, durante a entrevista por chamada de vídeo realizada na tarde do dia 29 de março.

Karol Conká viveu o caos, a loucura da rejeição no auge da cultura do "cancelamento", com os nervos à flor da pele em um momento da pandemia em que tudo ainda era incerto. "Urucum" é um reflexo da artista que o Brasil passou a gostar de odiar. Gravado no próprio estúdio da cantora e com produção de Rafa Dias, o RDD, do inovador ÀTTØØXXÁ, o disco traz personalidades diferentes de Karol Conká, como em um conflito interno em busca de paz e autoconhecimento.

"A gente brincou muito com as personalidades que eu tive, que eu tenho (risos), que nós temos... Todo mundo tem, a gente só não as nomeia, mas a minhas têm nome: Jaquepá Tombá, Karol Conká, Mamacita, Karoline", brinca Karol.

"Urucum" tem uma grande variação de ritmos e influências que se encontram no que BNegão chamou de música negra universal. "Fuzuê" abre o disco com um berimbau e uma levada dançante, enquanto "SeSai" brinca com ritmos latinos e "Mal Nenhum" é um trap cadenciado usando o autotune como efeito vocal. Em comum, as músicas de "Urucum" têm a voz marcante de Karol Conká, que também traz novas dinâmicas vocais ao repertório da rapper.

Em "Slow", quase uma "love song", Karol explora um lado mais suave e grave de seu alcance. O mesmo acontece em "Por Inteira", música que surgiu de um improviso registrado por RDD. "O Rafa falava 'você deve usar mais esse seu timbre, esse seu grave'. Até então eu achava que era algo que não combinava comigo, algo que eu sei fazer, mas que não combina, pois eu sempre tive uma visão limitada do meu trabalho. Esse processo criativo me trouxe uma outra percepção sobre meu canto"

Karol Conká na divulgação do disco
Karol Conká na divulgação do disco "Urucum". Crédito: Johnathan Wolpert/Divulgação

Mesmo que falemos de mudanças  sonoras, "Urucum" é um disco que carrega a identidade de Karol de forma muito forte - ou, melhor, as identidades. A Karol Conká dedo na cara e assertiva continua presente, mas sem medo de se mostrar vulnerável  em outros momentos. "Agora eu tô buscando um novo jeito de dar o rajadão sem machucar (risos). Eu tô aprendendo a não atacar quando eu me sinto atacada", pondera.

"Urucum" ganha os palcos pela primeira neste sábado (02), em Vitória, quando Karol se apresenta no show do Bloco do Silva.  Na entrevista abaixo, Karol Conká fala de coração aberto sobre sua participação no "BBB" e também sobre a produção do disco. Confira.

Eu pensei: vou falar com a Karol Conká, o disco novo tá massa, vamos falar de música, nada de BBB, mas aí eu abro o release e o disco é todo relacionado com BBB. Hoje é algo indissociável, a Karol Conká da participação no BBB?

Não dá! Não dá! Neste momento é possível dissociar a personalidade, o meu comportamento daqui com o que foi lá, mas é impossível não comentar sobre o assunto porque afinal de contas foi um caos, um baque, foi um trauma pra mim e acho que pra todo mundo. Todo mundo pegou isso como um ponto de reflexão, tanto que nessa atual edição as pessoas falam bastante do meu nome nas redes, lembrando das minhas travessuras lá dentro da casa (risos), então não tem como não falar e eu não tenho problema nenhum com isso.

"Urucum" tem a sua identidade, a sua voz é muito marcante, sua métrica, mas tem umas coisas diferentes. Tem muita referência de música africana, muita coisa de trap, tem umas batidas de funk... Como foi a construção dessa identidade? Tem muita influência do Rafa Dias (RDD) na produção?

Foi tudo feito organicamente. Nós comentamos com as pessoas que temos dificuldades pra explicar como a gente chegou nesse resultado porque foi tudo feito intuitivamente. Como o Rafa já é um grande produtor, cheio de referências, e eu trabalho também há muito tempo nas minhas canções com referências brasileiras e afro, quando nos juntamos no estúdio deu match na hora, tudo era muito mágico e fluido. A gente brincou muito com as personalidades que eu tive, que eu tenho (risos), que nós temos... Todo mundo tem, a gente só não as nomeia, mas a minhas têm nome: Jaquepá Tombá, Karol Conká, Mamacita, Karoline... Aí a Karoline falava "hoje eu quero falar de calma, fazer uma música pra Jaquepá Tombá. Eu sinto uma vibração como se eu tivesse no mato", aí ele já fazia a batida na hora e dizia "é isso que você sente?". Aí botava um bambu, um chocalho... A gente ia compondo como se estivesse cozinhando e inventando um novo prato, acrescentava de um lado, ele acrescentava do outro, eu ia compondo e ele falava pra trocar a linha, botar essa outra... Quando a gente parava pra definir a canção, a gente não conseguia. Era uma cumbia, é um funk, o que é? E ele falava "essa é a música brasileira, a música da Karol Conká". Em "Slow", por exemplo, eu não sabia como tinha chegado àquilo.

Karol Conká

Cantora

"Todo mundo pegou isso como um ponto de reflexão, tanto que nessa atual edição as pessoas falam bastante do meu nome nas redes, lembrando das minhas travessuras lá dentro da casa (risos), então não tem como não falar e eu não tenho problema nenhum com isso."

É quase uma love song, né?

(pensativa) É... é um negócio diferente e eu canto de uma forma diferente nesse álbum, que eu também não sei explicar porque não foi algo que eu pesquisei e tentei fazer porque fulana cantava assim. Eu tenho muitas referências e talvez eu tenha batido no liquidificador da minha cabeça e saiu esse suco, sabe? Foi tudo muito orgânico e intuitivo.

Foi feito no seu estúdio?

Foi produzido e gravado aqui. Tem canções como "Por Inteira" que o RDD já tava com o instrumental pronto. Quando ele botou, ele ligou o microfone e eu comecei a improvisar. Nesse improviso saiu a música inteira mesmo. Eu não tava levando a sério, eu brinco, musicalizo muito fácil. Se não tiver um produtor sagaz, a gente pode perder música, porque eu esqueço em seguida, por isso ele gravava pra eu não esquecer. Ele ia gravando e falando "já temos uma faixa, já temos outra faixa". "Slow" também foi nessa pegada, no improviso, e eu fui brincando (cantarola com voz grave). O RDD falava "você deve usar mais esse seu timbre, esse seu grave". Até então eu achava que era algo que não combinava comigo, algo que eu sei fazer, mas que não combina, pois eu sempre tive uma visão limitada do meu trabalho. Esse processo criativo me trouxe uma outra percepção sobre meu canto, minha lírica.

É engraçado você falar isso agora porque eu não tinha percebido no disco, mas tem. O disco tem momentos mais suaves. Sua cantada sempre foi muito pra cima, "dedo na cara". Essa é uma das personas que você construiu?

Eu fui aprendendo. Agora eu tô buscando um novo jeito de dar o rajadão sem machucar (risos). Eu tô aprendendo a não atacar quando eu me sinto atacada.

Tem mais de um ano que você saiu do BBB e nas redes já rolou um "volta, Mamacita". Rolou um de cancelada a "que saudades da Karol". Você sente isso?

(risos) A galera é muito louca. Eu encontro gente na rua e eles falam "voltam pra algum reality". Como assim, gente? Vocês quase me mataram, se dependesse do ódio coletivo de vocês não era nem pra eu estar viva. Como vocês querem que eu volta pro reality? Se eu voltasse, voltaria com novos aprendizados, com uma nova postura. Eu já vivi e já aprendi novas coisas. É engraçado, mas, ao mesmo tempo, curioso perceber o quanto o público massacra uma coisa e depois pede de volta para massacrar outra coisa. O público reprovou uma atitude que eu tive e agora quer que eu retorne com aquela atitude que foi reprovada para saciar o sadismo porque o programa não tá do jeito que vocês queriam...

É uma saudade de ter raiva de alguém, né?

Eu já ouvi "que saudade de quando eu odiava a Karol e perdia horas do trabalho odiando ela". As pessoas falam que me odiaram, mas que se identificaram, que gostam de mim. Eu digo que tá tudo bem porque é natural do ser humano a gente explodir, se arrepender e pedir desculpas e querer uma nova chance. Assim como eu passei por isso, ainda tem gente que se sente bem continuando a me odiar, e tá tudo bem. Eu não posso fazer nada quanto a isso. Tá tudo bem.

Karol Conká na divulgação do disco
Karol Conká na divulgação do disco "Urucum". Crédito: Johnathan Wolpert/Divulgação

O rap brasileiro talvez viva hoje o seu ápice de popularidade. Se ano passado não estivéssemos vivendo a pandemia, você teria aceitado o convite do BBB ou teria aproveitado esse momento da música?

Eu não teria ido. Se eu tivesse com agenda de shows normal, com minha vida artística normal, eu não teria entrado em um reality. Eu entrei justamente porque eu já estava há quase um ano sem poder sair do estúdio, sem poder me sentir no palco, me sentir visceral, viva com meu público. Eu senti falta de energia, de aventura. Eu sempre fui muito enérgica, sempre fui muito acelerada, agitada. Eu sentia falta desse agito e só entrei no reality porque eu queria viver uma aventura, sair da mesmice, eu tenho pavor de rotina. Ali eu pensei que iria viver, mas não imaginava que o agito de que eu tava sentindo falta era esse (risos). Não era esse agito que eu queria, mas tudo bem.

Voltando ao disco, você e o RDD vêm de escolas distintas, mas que se encontram na música negra, na essência da música brasileira?

Casou muito bem. O RDD era um fã do meu trabalho, do "Batuque Freak", que já traz referências brasileiras, africanas, e ele, como um grande produtor, sabe captar e entregar exatamente aquilo que o artista sabe vestir. Eu não tive dificuldade de pedir pra ele, de expressar o que eu queria na minha música. É como se ele já estivesse dentro da minha cabeça, então eu falava pra ele: "hoje é a Jaque que vai escrever", aí escrevi "Cê Num Pode", aí ele vinha com o beat (cantarola a batida). A gente ia nessa brincadeira e ele ia sentindo as personalidades. Se fosse a Karolyne, vinha a "Calma", "Por Inteira", aí a Mamacita entrou e escreveu "Se sai". O Rafa é muito sensível. É muito importante pra uma artista como eu ter um produtor sensível do lado porque ele desperta o meu melhor. Pra mim foi de extrema importância, a personalidade do Rafa contribuiu bastante pra esse trabalho sair como sair.

Você falou que ele já conhecia o seu trabalho. Você já acompanhava o trabalho dele com o Atooxa?

Já acompanhava e achava ele um gênio. No "Urucum" é possível perceber o quanto o RDD transita por outras áreas. Ele enquanto produtor do ÀTTØØXXÁ, a gente enxerga o trabalho dele com uma amplitude maravilhosa, mas a gente não percebe o quanto aquela mesma pessoa pode produzir músicas como "Calma", "Slow", uma coisa mais tranquila. O RDD é suave, é um cara admirável... Pensa num cara sossegado, como eu gostaria de ser (risos), sossegado, tranquilo, coerente, calmo. Foi muito importante essa postura dele na produção do disco.

Quanto tempo foi de produção do disco?

A gente começou em abril (de 2021)...

Foi no meio do caos...

Foi no meio do caos. Escrevi o álbum em duas semanas. Por isso falo que foi um processo terapêutico porque eu ia escrevendo, ia sofrendo, chorava, parava no meio da produção da música pra ficar triste porque lembrava de alguma coisa; foi muito traumático. Nesse meio tempo eu tava com síndrome do pânico, foi muita coisa. A única coisa que me fazia parar de chorar e de sentir dor era quando eu musicalizava. Quando o Rafa ia embora do estúdio, ficava um buraco, um vazio, aí no dia seguinte ele voltava e tudo ficava vermelho com dourado (risos). Eu sinto uma energia e componho dessa forma, falando de cores, cheiros, sabores, eu não consigo falar de outra forma. Ele ia me perguntando "que cor é o beat?" e ele me entendia... É papo de maluco.

Karol Conká

Cantora

"Eu sigo dizendo: eu também não concordo com as minhas atitudes e também sigo a minha vida, fazendo as minhas coisas, pois ninguém merece ser reduzido a um momento de desequilíbrio emocional, afinal todo mundo passa por uma situação como essa"

É bom ter alguém que te entenda artisticamente em algo tão íntimo como é um disco, num momento complicado pelo qual você tava passando...

Foi uma terapia muito especial, muito legal. Aquelas... Tô louca pra viver uma nova aventura pra escrever um novo álbum, mas que essa aventura não seja um tombamento, Deus me livre (risos).

A aventura agora é levar "Urucum" pro palco, né? Você voltou aos shows em dezembro. Como foi?

Fui muito bem recebida pelo público, segurei o choro muitas vezes e tenho feito isso nos palcos porque senão a voz fica embargada e não dá pra cantar. Eu fico muito emocionada e com a sensação de que não deveria ter saído dali, sabe? Um desejo de que não existisse pandemia, é tudo culpa da pandemia (risos).

Você viria com o Silva pra cá no início do ano e agora finalmente vem né? (a entrevista foi realizada dia 29 de março).

Nossa, é nesse final de semana agora. Eu tô mega animada e ansiosa. Tô trabalhando no preparativo do show, nos conteúdos que eu vou usar e não vejo a hora de encontrar o público. Eu sou muito grata por sentir o carinho das pessoas depois de tudo o que aconteceu, ter o reconhecimento e me sentir viva, uma nova mulher (risos).

Nesse momento você acha que a galera tá separando a Karol artista da participação no BBB?

Acho que sim. Tem pessoas que me escreve ou que falam que conseguem separar. Me dizem que adoram a artista mesmo não concordando com o que eu fiz no reality. Eu sigo dizendo: eu também não concordo com as minhas atitudes e também sigo a minha vida, fazendo as minhas coisas, pois ninguém merece ser reduzido a um momento de desequilíbrio emocional, afinal todo mundo passa por uma situação como essa, inclusive o Will Smith (se referindo ao que aconteceu no Oscar), que também teve um desequilibrio e um reconhecimento de que a violência não leva a lugar nenhum. No meu caso foi violência verbal, mas acho que o ouro disso tudo é reconhecer que não somos perfeitos, reconhecer nossos erros e buscar melhoria.

Karol Conká na divulgação do disco
Karol Conká na divulgação do disco "Urucum". Crédito: Johnathan Wolpert/Divulgação

No programa as pessoas são colocadas em uma panela de pressão e até incentivadas a atacar as outras...

Imagina viver isso lá dentro, onde cada um reage de uma forma. No meu caso eu realmente não soube lidar num ambiente que me pressionava, me obrigava a rivalizar, a questionar, a discordar... Uma vez vai, mas viver isso todos os dias... Chega a hora que a água, de tanto bater na pedra, fura. Eu não soube lidar com isso e busquei entender mais sobre inteligência emocional, sobre como lidar com momentos de pressão porque também fiquei traumatizada. Eu hoje tenho medo de situações em que eu me sinta pressionada, tenho medo de ter um ataque, de ficar irritada. O reality me trouxe a possibilidade de trabalhar mais essas emoções.

Nesse lance todo o cancelamento vale uma discussão sobre o machismo e o racismo? Houve participantes que tiveram conflitos bem problemáticos e que saíram bombando..

Vale... Tem vários fatores que eu consegui identificar. Eu dei motivos, sou uma mulher preta (pensativa). O cancelamento pega mais pras pessoas pretas, principalmente mulheres. Não me lembro de história de cancelamento tão grande, tão ampla no Brasil. A gente vê pessoas sendo canceladas todas as semanas, mas as contas continuam sendo recheadas, os convites não param... No meu caso eu tive um rombo. Eu sofri uma exclusão do mercado, com pessoas tirando meu nome de festivais, marcas não querendo se associar a mim, e tudo isso me fazendo acreditar que eu tinha cometido uma catástrofe. Depois eu entendi que era tudo à flor da pele. As pessoas acabaram entendendo melhor. Eu tenho marcas grandes trabalhando comigo hoje e fico muito feliz e grata com isso, mas acho que essa discussão é válida sim. Muita gente teve índice de rejeição grande e lucraram com o cancelamento. No meu caso eu não poderia nem pedir desculpa que era apedrejada. Eu não minimizo o que eu fiz, mas talvez trazer as pessoas para uma reflexão: será que não está automaticamente na nossa cabeça que uma mulher preta não merece uma segunda chance? Se ela está no topo ou no pódio, parece que ela não pode nem estar ali...

Lembro que na época foram até mostrar o apartamento em que você morava, o estúdio...

É como se eu não pudesse viver bem, estar bem, eu tinha que estar ferrada. Às vezes parece que é mais confortável admirar o preto em sofrência. O preto que tá bem, que fala bem, não é muito "gostoso". Ano passado a gente viu a massa de pessoas me chamando de racista por ter discutido com um menino preto, como se pretos não discutissem entre si, isso já é uma forma de racismo. Discutir é normal, isso não é racismo. Racismo tem a ver com pessoas que escolhem um lado e não acolhem o outro, usam o acolhimento com uma figura preta, mas excluem a outra que passa pelo mesmo transtorno. É tudo muito incoerente, muito racista. Talvez se eu tivesse contado a minha história triste dentro do reality, se eu tivesse falado quanta coisa triste eu já passei eu não teria sido tão odiada. Só depois, quando lança o meu documentário ("A vida depois do tombo") é que as pessoas enxergam um pedacinho da dor que eu carrego dentro de mim aos 36 anos. As pessoas se sensibilizaram. Infelizmente a gente precisa ver as pessoas sofrerem pra gente ter vontade de acolhar, e não precisa ver dessa forma. É natural que as pessoas percam o equilibrio, é natural uma mulher forte, que se diz forte e se mostra forte, tenha seus momentos de vulnerabilidade também e precise de apoio. Eu sou essa pessoa que apoia, mas que precisa de apoio também.

Voltamos a falar de música. Agora com o "Urucum" na rua, tá ansiosa? Como vai ser o show?

Ai meu Deus (risos). Tô querendo até tomar um remedinho, mas a minha doutora disse que eu não preciso, que estou ótima (risos). O show depende da estrutura da casa. Normalmente eu, um DJ e um percussionista. Eu gosto muito de percussão. No show de Vitória vai ser eu e o RDD.

Tem roupagem nova pra música antiga?

Tem que ter, né? (risos) Eu não gosto de mesmice. Tinha uma época que eu falava precisava de uma roupinha nova, um look novo, "uma nova roupa para uma nova mulher". O RDD fez um repertório maravilhoso para o show que nós vamos estrear em Vitória.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Música Rafael Braz Karol Conká

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.