O Big Brother Brasil está com tudo! Não é à toa que muitos dos assuntos discutidos no programa acabam indo para o trend topics do twitter. Essa semana, por exemplo, Babu levantou a questão “gordofobia" com os colegas de confinamento, depois de ter passado por uma situação de discriminação no jogo.
Ao realizarem a prova do líder, o ator, juntamente com seu colega Victor Hugo - os dois participantes "maiores" da edição - ficaram por último e não foram escolhidos pelos demais colegas. Babu disse que a gordofobia é algo que só quem sente sabe. Mas seus colegas não concordaram, dizendo Babu não havia sofrido gordofobia por parte deles e que era uma opnião isolada do participante.
Essa edição do programa tem levantado questões de machismo, feminismo e sororidade, por que, então, não falar de gordofobia também? Por que Babu foi ignorado em seu discurso? Por que seus colegas não lhe deram a chance de ser ouvido, apenas ignoraram sua bandeira?
Por que “ GORDOFOBIA” ainda é tratada como uma discriminação isolada, que não é levada a sério como deveria, e para muitos não passa de uma jogada de marketing de determinados movimentos? Um ponto muito esclarecedor, feito pela ativista Alexandra Gurgel no canal Alexandrismos, é que pela primeira vez em um reality show a pauta "corpo e aceitação" é abordada por um homem e não por uma mulher.
Mas Babu, homem gordo, negro e periférico não tem conseguido atingir seus colegas para que seja devidamente ouvido. As redes sociais estão divididas sobre o discurso dele e sobre o fato de ele ter sido excluído pelos concorrentes por conta de seu peso. Alguns acreditam ser uma jogada vitimista e outros realmente apoiam os sentimentos de Babu. Afinal ele sofreu ou não gordofobia?
Se eu digo que sofri gordofobia , eu, de fato, senti. Questionar a dor e a presença ou ausência de discriminação não é aceitável. Babu foi muito claro ao afirmar que só sabe quem sente. A melhor maneira de entender a dor do outro é ouvi-lo! O ideal é se colocar na posição de querer entender e compreender o que se passa, e se colocar disposto ao crescimento e a mudança, mesmo que sua opnião ainda seja contrária.
As piores justificativas quando nos deparamos com situações de discriminação de qualquer natureza são: “Mas eu tenho um amigo gordo”. Ou: “Na minha famíia tem pessoas negras”... Frases como essas não são justificativas plausíveis, são apenas confirmações sobre a sua falta de empatia pelo próximo.
Este vídeo pode te interessar
Acredito que o Big Brother Brasil tem muito a nos ensinar, um programa de comportamento social que se torna espelho de uma sociedade que ainda precisa muito aprender sobre diferenças e respeito. Babu levantou a questão sobre gordofobia e abriu pauta para que mais pessoas falem e esclareçam o assunto. Ela existe e está presente nos comentários mais sutis em nosso cotidiano. Precisamos nos alertar.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.