Fim de ano, muitas comemorações, encontros, alegrias e surpresas...Põe surpresa nisso!
A gente adora essa época do ano, mas ela também chega nos preparando para lidar com algumas situações bem chatinhas, não é mesmo? Vou começar com um pequeno exemplo, pra iniciar a nossa reflexão e você se sentir representado aqui, porque, com certeza já passamos por isso.
Você recebe muitos familiares, alguns deles até distantes, mas é natal, e sua casa está aberta para todos. E aí um comentário surge:
“Menina, fulana deu uma engordada né? Ou, ciclano está tão magrinho! Coloca Peru nesse prato!”
Eu não sei o que acontece na cabeça das pessoas que acreditam que falar do corpo do outro seja relevante, principalmente em ocasiões como essa.
Não seja essa pessoa! Se uma tia, uma prima, um irmão, ganhou ou perdeu alguns quilos em 2019, guarde pra você. Não existe parentesco algum que justifique o seu comentário invasivo sobe o corpo alheio. A não ser que lhe seja perguntando intimamente sobre isso.
Se você está solteira também se prepare para ver uma roda de conversa de formando na sala a sua casa á respeito da sua “ solteirisse” e a necessidade de arrumarem um parceiro(a) pra você em 2020.
Esse tipo de comentário é quase obrigatório nas reuniões de fim de ano, né? E tão desnecessário! Mais uma vez uma velha convenção social reproduzida do“ você precisa estar com alguém”. Porque é bem visto, te torna uma pessoa mais interessante, ou emocionalmente “normal” .
Não questione ou interrogue o estado civil de ninguém. Fica a dica.
Também não seja fiscal de prato. Se tem coisa mais chata é comentar sobre a comida dos outros, por favor.
'Vai comer isso tudo?"
"Só vai comer isso?"
"Oh! É por isso que ta solteira! Come igual um leão"
"Por isso que tá magrinha, fica doente sempre"
Fiscalizar o prato alheio, além de ser falta se educação, é super invasivo. E a gente sabe que as festas de fim ano são repletas de fartura (amém) e que muitos comentários giram em torno da comida, mas que esse comentário não seja constrangedor. ok? Fim de ano, a gente quer confraternizar, agradecer, tudo bem se a gente quiser comer um pouco mais. E tudo bem, se eu não quiser comer tanto assim.
E já que entramos no assunto “ comida” vamos para o outro extremo.
Talvez você esteja passando por uma fase de reeducação alimentar, e atualmente tem prezado pelo se bem estar em busca de uma vida saudável, mas, vamos ser equilibrados. Você foi convidado para uma super confraternização, aquela mesa linda, tudo preparado com muito carinho... E aí você, tira da bolsa a sua marmitinha de batata doce.
Não seja essa pessoa! A gente entende que possam existir tratamentos e processos que necessitam também de uma alimentação mais rigorosa, mas evite ser essa pessoa em momentos assim.
A ceia é um momento que todos estão extremamente felizes e a vontade, celebrando as delíciaa que podemos proporcionar uns aos outros, e você vai de marmitinha? Coloque na balança e reflita, um dia sem minha preciosa “ marmitinha” vai acabar com todo meu esforço e disciplina? Não né! Entáo se permita e confraternize.
E pra finalizar, mas não menos importante.
Eu adoro amigo oculto, são clássicos de fim de ano. Mas é uma ocasião que sem discernimento pode dar errado.
Uma certa vez, ouvi de uma conhecida, que ao participar do “Amigo X” de sua empresa, os colegas de trabalho decidiram que os presentes seriam “engraçados”. O intuito era usar daquele momento para fazer uma “chacota amiga” de cada funcionário.
Na hora de receber seu presente, ela abriu, é surpreendentemente, um enorme shake emagrecedor. Mas, olha que brincadeira saudável, não é mesmo?
Depois desse exemplo acho que nem preciso explicar. Não seja essa pessoa. Não é momento para isso, não é momento para brincarmos com assuntos delicados e invasivos em ocasiões como essas.
As festas de fim de ano, acontecem para que um único objetivo seja cumprido: a gratidão.
Então não seja a pessoa sem noção é desagradável que vai falar do corpo de alguém, do estado civil, ou falar de dieta e saúde o tempo inteiro, ou querer ser o comediante da roda e presentear alguém de maneira invasiva.
Já passou o tempo que certos comentários e assuntos eram engraçadinhos e sempre estavam em pauta. Mas tem certas coisas que não cabem em ocasião algum.
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Sejamos agradáveis, educados, empáticos e respeitosos.
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