Um dos feriados mais amados e esperados pelos brasileiros está se aproximando, mas é sempre bom a gente aprender algumas regrinhas pra que todo mundo se divirta com segurança, não é mesmo?
Carnaval é aquele momento em que a gente pode brincar com o lúdico, hora de vestir as fantasias mais criativas e de comportamentos inusitados, mas nem tudo é motivo de piada, ok? Vamos lá!
Carnaval de todos os corpos, sim! Assim como o verão, o carnaval também é uma celebração universal, seja pro magrinho, seja pro gordinho. E, sim, a gente também gosta de dançar, pular e se divertir. Chega de bloquinho padrão. Sabemos que a gordofobia está presente em todos os lugares, e no carnaval não é diferente. Mas que isso não seja um empecilho pra você sair de casa com o seu glitter. Vá para rua mesmo! Junte seus amigos e celebre! O carnaval também é nosso.
Quando a gente fala de fantasia é sempre bom abordar umas regrinhas sociais, como o cuidado com o visual, por exemplo. Gordo não é fantasia, negro não é fantasia, índio também não! Onde há luta, não há piada.
Apesar de o carnaval ser uma mistura de cultura, elas podem ser celebradas de maneira respeitosa e adequada. O gordo possui esse esteriótipo de ser engraçado e muitas pessoas se apropriam disso pra fazer piada. Não façam isso! Isso só fomenta a ideia de que um corpo grande é inferior, e os danos psicológicos que podem ser causados com essa piada são inimagináveis.
Continuando falando do corpo gordo, principalmente sobre mulheres, o clima de pegação sempre se aflora na época carnavalesca, e infelizmente o assédio é algo presente nas ruas. Que tal a gente entender que uma mulher gorda também diz não? Esse achismo de que uma mulher gorda é uma mulher vulnerável e desesperada leva muitos a acreditar que possuem o passe livre para o assédio, como aquela brincadeira de mau gosto: até gordinha vale no carnaval. Não, não vale! Respeito é bom e a gente exige, sim!
Recebi um desabafo de uma leitora e me identifiquei porque já aconteceu comigo. Ela acabou virando uma aposta em um bloco de carnaval entre um grupo de amigos. Quem demorasse mais pra beber a beijaria no final. Uma mulher gorda colocada como prenda, é uma das piores formas de preconceito e desumanidade que pode acontecer. Não sejam essas pessoas.
A gente fala de respeito ao próximo todos os dias e isso não pode mudar no carnaval. Então não julgue o corpo de alguém, a fantasia, o jeito de dançar, guarde sua crítica sempre com você. Seja a pessoa que chama a atenção do grupo ao perceber qualquer indício de desrespeito!
E, sim, proteja seus amigos, quem estiver curtindo o bloco com você. Seja um escudo ao identificar qualquer atitude preconceituosa com seu amigo ou amiga, pois a discriminação sempre perde quando a vítima possui grandes aliados!
E sempre acho válido procurar ambientes que fomentam a aceitação do corpo e o amor próprio! Em Belém do Pará, o Bloco “ Mana Gorda” tem investido na mensagem do empoderamento da mulher gorda no carnaval e ajudado muitas mulheres a se libertarem na folia.
Em Vitória, o bloco que se destaca é o “ Amigos da Onça”, na região do Centro, sempre com intuito de exaltar os movimentos de empoderamento e diversidade. Também é um ótimo ambiente pra que a gente se sinta mais a vontade nessa festa.
E caso queriam saber de mais dicas super importantes sobre como evitar a gordofobia nesse carnaval, siga a #carnavalsemgordofobia ou o ig @carnavalemgordofobia, muito conteúdo necessário pra gente refletir.
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Gordofobia não é piada, no carnaval menos ainda. Celebre junto, motive, e aproveite! Todos os lugares nos pertecem! E você, por favor, não jogue insultos, jogue GLITTER! Biodegradável, de preferência!
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