Recentemente a atriz e jornalista Duda Riedel, compartilhou em redes sociais um vídeo onde expunha sua indignação sobre alguns comentários que havia recebido sobre seu corpo. Curada, mas ainda está em tratamento do câncer na medula, compartilhou todo seu processo nas redes sociais e recebeu muitos admiradores pela sua força e fé.
Num vídeo publicado, ela relata que muitas mulheres deixavam mensagens em suas redes com os seguintes comentários: “Nossa como você está linda magrinha assim”, “ Queria comer pouquinho igual você, porque na quarentena só engordo”, “ Qual o truque pra manter a forma?”.
A jornalista de uma forma muito leve e tranquila, apesar de indignada, respondeu algumas das perguntas e disse que aquele corpo, era resultado de um tratamento de câncer. Que ela só comia pouco porque era o que seu corpo aguentava, e que de fato não desejava a ninguém essa “barriga chapada” que a faz lembrar a luta que vem enfrentando.
Porque eu to falando sobre isso? Vamos falar de aproximações?
Quantas vezes você inconscientemente ou até conscientemente já pensou: “ Nossa essa gripe me derrubou, mas deu pra perder os quilinhos”. Ou, ao encontrar alguém que passou por uma cirurgia, comentou: “ Nossa, mas te ajudou a perder peso, né?”.
Sim! A gente faz isso sim! Quantos momentos comparamos determinados períodos de fragilidade ou enfermidade com a possibilidade de perder alguns quilos? Isso é mais corriqueiro do que você imagina.
Na coluna da semana passada conversamos sobre isso. Ao elogiar um emagrecimento alheio, sem consentimento, poderíamos estar exaltando um corpo doente, um corpo em luta, um distúrbio. E após esse depoimento de Duda, eu te pergunto, qual o limite da busca pela magreza?
Até que ponto a gente deseja por esse corpo magro e chapado, até onde a gente vai por ele? Estamos tão alienados com a imagem perfeita, que nem sabemos distinguir um corpo saudável de um doente (isso também envolve uma mente sã e uma mente adoecida). E um corpo saudável nem sempre é um corpo magro.
Duda finaliza o vídeo dizendo que o corpo perfeito pra ela é enxergar seus exames de sangue todos normais, e que o amor próprio não se vê no espelho, e sim na alma. Esse relato nos faz refletir sobre muitas coisas. Primeiramente, agradecer. Seu corpo está bem, você respira, anda, come. Ele está perfeito!
E o mais fundamental nessa conversa toda, é entender que a beleza não é só aquilo que você aprendeu nas revistas de moda, porque aquilo não é verdade e não existe. A beleza está na autenticidade de ser, no orgulho de viver, e no prazer de saber, que um corpo perfeito, é ter alguém feliz dentro dele.
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