Este é um texto “retrospectivo”. Chegamos neste um ano de coluna, um ano de informação, relatos, debates, um ano de desconstruções. Para muitos, uma leitura polêmica, para outros uma leitura curiosa e, sem dúvidas, para muitos, uma leitura que liberta.
Quando me enxerguei nesse poço de baixa auto estima, onde me via desesperada em me tornar alguém que fosse aceita, eu percebi o quanto era necessário avisar a todos que passavam pelo mesmo que não vale a pena.
Não vale a pena tentar entrar em uma caixinha que de fato não te representa, não conversa com a sua essência, e que não te faz feliz. Mas infelizmente a gente ainda passa muito tempo fazendo isso, né? Buscando algo que nem sempre a gente sabe o que é.
Eu busquei um corpo por muitos anos, e por motivos muito errados, e por motivos que pareciam ser tudo o que eu precisava ter pra ser feliz. E por causa dessa busca eu perdi muita coisa! Eu perdi 11 anos sem ir à praia por vergonha do meu corpo, deixei de conhecer muitos lugares, pessoas, viver experiências que só podiam ter sido vividas lá trás. Mas eu dei um basta!
Esse basta veio em forma de desconstrução, a decisão de desconstruir as dezenas de paradigmas que eu havia construído dentro de mim. Não foi fácil, mas foi necessário.
E quando a gente se desconstrói, naturalmente fica inseguro e chega a pensar: Será que eu estou me acomodando? Será que me aceitar, ou não levar tudo tão a sério é desistir de mim? Eu pensei isso por muito tempo, mas afirmo com certeza que não! Desconstruir é evolução e não conformação.
Porque descontruir te leva a enxergar detalhes em você mesmo que até então você nunca havia visto, e isso também é autoconhecimento. Quando a gente se desconstrói, a gente se encontra com o nosso novo “eu”, por isso a tendência é evoluir. Quando eu me permito me olhar de outras formas, agir de outras maneiras, abrir a minha mente para outros questionamentos, eu conquisto um novo mundo, dentro de mim mesma.
Isso não é maravilhoso? Talvez você esteja dentro dessa caixinha há tanto tempo, e nem imagina quantas coisas existem dentro de você que ainda não conhece?
E essa desconstrução nada tem a ver com o fato de deixarmos nossas ideologias e princípios de lado, a gente apenas deixa a porta mais aberta, porque a gente pode se surpreender, e muito!
Quando eu me libertei da busca pelo padrão, eu me vi uma mulher extremamente forte. Porque quando eu me entendo e me reconheço, eu conheço o meu lugar, o meu valor. Dificilmente alguém tira isso de nós.
Não sei por quais desconstruções você poderia enfrentar, talvez lendo meus textos eu possa te ajudar a ter uma resposta! Mas a primeira pergunta que você pode fazer a si mesmo é:
“Eu estou aberto à desconstrução!? Eu estou aberto a me conhecer mais? A me surpreender? Se a resposta for sim, dê o primeiro passo. Vale a pena. Se você ainda estiver em dúvida, lembre que o processo só é válido quando entendemos que temos o nosso tempo, a nossa hora, e tudo flui de maneira natural.
Desconstruir é um passo para liberdade, e voltando ao título do nosso primeiro encontro aqui na coluna, liberdade é o meu nome!
Obrigada por estarem aqui.
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