A estudante capixaba Poliana Calegario André, de 26 anos, mora há três anos em Lisboa, capital de Portugal, e acompanha a pandemia do coronavírus na Europa e do Brasil. "Não é fácil ver tudo isso acontecendo estar longe do seu lar", conta. "Não saiam de casa, por favor, não façam isso, a melhor forma de combater é a quarentena".
Qual a sensação por aí?
A sensação é de muito medo, incerteza, silêncio e luto.
Você tem saído de casa?
Apenas para ir fazer compras ao supermercado, mas tenho ido bem pouco.
Como tem sido em relação ao trabalho/estudo?
Já faz mais que uma semana que as escolas fecharam, a minha por exemplo volta as aulas na próxima segunda-feira (23 de março), porém pelo método e-learning, que são aulas online, amigos meus que trabalham todos pararam esta semana, está tudo fechado exceto, supermercados, farmácias, hospitais.
Tem clima de pânico?
No início, quando viram que era sério e se alastrava rápido, sim, todos ficaram com medo.
Você está com medo?
Sim, muito medo, não é fácil ver tudo isso acontecendo estar longe do seu lar.
As ruas estão vazias? Como está o comércio ?
Sim, está tudo completamente vazio, ruas fantasmas, às vezes quando vou a janela do meu quarto sinto o coração apertado, ver esse silêncio e ninguém. O comércio está fechado, aqui as pessoas na minha opinião tomaram consciência rápido.
O que teria a dizer pra quem está aqui?
Eu diria para as pessoas brincarem menos e terem mais consciência, muitas pessoas estão morrendo aqui, está muito triste a situação, não saiam de casa, por favor, não façam isso, a melhor forma de combater é a quarentena, vamos nos ajudar.
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