Léa Penedo, 74, se aposentou como professora, mas desde jovem sentia uma inquietação para trabalhar num hospital. Mas não como médica, e sim omo voluntária. Até que em 1987, chegou para a então presidente da Associação Feminina de Educação de Combate ao Câncer (Afecc), dona Telma Ayres, e pediu para se juntar ao, na época, time de voluntários. “Eu era professora dos filhos de Telma e logo no início éramos conhecidas como a dupla Cosme e Damião da Afecc”, brinca. Diretora de Relações Institucionais da Afecc, fundada em 1952, Léa faz parte do atual exército de 273 voluntários da instituição, que tem a missão de educar, prevenir, diagnosticar, tratar, reabilitar, prestar assistência social integrada e reintegrar na comunidade o paciente
Calendário do bem
Com 19 programas assistenciais destinados a pacientes do SUS, a Afecc prepara-se para o maior movimento do calendário anual da entidade: o Outubro Rosa. A campanha de conscientização, que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero, será lançado no Estado, no próximo dia 1º de outubro, no Palácio Anchieta. “Mas estamos preparando a programação desde fevereiro”, conta. Neste ano, a abertura da campanha contará com um concerto, dirigido por Marcelo Lages, com um elenco todo formado por mulheres, da regente às solitas, passando por atrizes e bailarianas, todas elas capixabas. Em 2018, a Afecc, por meio dos projetos sociais, prestou 50.365 atendimentos. Já o hospital Afecc-Santa Rita fez 834.044 atendimentos, sendo 697.744 (83,7%) somente pelo SUS.
Família
Espiritualista, Léa não acredita na morte, e leva toda sua fé na vida para o seu trabalho na Afecc. “A gente não vê o paciente com câncer só com o olhar de que ele precisa da quimioterapia, da radioterapia... Lá a gente precisa trabalhar o todo, com o apoio psicológico e carinho”. Para isso, a entidade oferece, entre tantos projetos, cursos e oficinas para reinserção de pacientes no mercado de trabalho, contribuindo para a geração de renda e para a melhoria da qualidade de vida pessoal e familiar. Outro projeto, o Vida Infinita, visa ajudar os pacientes internados a enfrentarem o óbito com serenidade e os familiares para a aceitação da perda. Viúva e mãe de dois filhos, Léa ainda guarda um tempinho para curtir seus dois netinhos, de 4 e 2 anos. “O trabalho voluntário faz mais bem a gente do que a quem é assistido por ele”, diz.
Papo com RR
1. Não saio de casa sem: medalha do Cristo glorificado.
2. Abro um sorrisão quando: estou com meus netinhos.
3. Viagem dos sonhos: meu interior.
4. Viagem que virou realidade: Europa.
5. A música: “O Barquinho”, de Nara Leão.
6. O livro: Todos do filósofo espiritualista José Tigueirinho Netto.
7. O filme: “A Vida de Cristo”, de Mel Gibson.
8. Festa boa tem: amigos e alegria. Como sou vegetariana e não bebo, a comida e a bebida não me fazem falta.
9. Moda é: conforto. Mas gentileza e fraternidade nunca saem de moda.
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10. O lugar do ES: A praia de Peracanga, em Guarapari, onde me refugio. Amo estar perto do mar.
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