Com inauguração definida para outubro, o Santuário Nacional São José de Anchieta apresentará grandiosa obra de restauro e readequação. Entre os muitos destaques do monumento estão as peças que compõem a iconografia do mobiliário litúrgico da Igreja de Nossa Senhora da Assunção.
Elas foram produzidas em mármore chocorosa (mistura de chocolate com rosa), do sul do Estado, e são de autoria de Dom Ruberval Monteiro, artista sacro brasileiro, monge beneditino, especialista em arte sacra e professor da universidade de San Telmo, em Roma.
Segundo Erika Kunkel, presidente do Instituto Modus Vivendi, organização responsável pelo restauro, a iconografia, formada por elementos artísticos compostos por um grandioso cenário de artes sacras, reúne o ambão, a mesa da palavra, as cruzes de dedicação e a cadeira do sacerdote.
O altar, centro simbólico do espaço celebrativo, é de pedra natural do Espírito Santo, "pois essa rocha era Cristo" (1Cor 4,10). Traz a inscrição de uma cruz na sua face frontal, cuja arte recorda os grafismos da pintura mural presente na parede de fundo da capela-mor.
O ambão é o lugar do anúncio da Boa Nova, localizado na nave da igreja, símbolo da terra. A iconografia do ambão tem Cristo, Palavra de Deus, Verbo Encarnado, no centro da peça, ladeado pelos quatro seres viventes e sob a presença do Espírito Santo. Um convite à escuta.
O restauro do Santuário de São José de Anchieta foi integralmente aprovado pelo Iphan e efetivado pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, com patrocínios do Instituto Cultural Vale e do BNDES. O valor total do projeto foi de R$ 10,5 milhões.
As obras foram realizadas por profissionais especializados, com muito estudo, respeito às normas, responsabilidade e cuidado. Preservar as características originais do monumento, segundo os padrões rígidos internacionais do restauro, foi prioridade do Instituto Modus Vivendi.
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