Todos já sabem que transitar com o veículo sem seguro não é bom negócio. Quando acontece uma colisão, logo bate aquele arrependimento ou, até mesmo, a dúvida: será que renovei o seguro? Será que a parcela está em dia? Fato é que se você não fez o seguro, ou se ele venceu e não foi renovado, ou se a parcela está em atraso, o prejuízo para você, amigo leitor, pode ser grande.
Hoje, a coluna Ricardo Barbosa traz para vocês algumas das dúvidas mais frequentes sobre seguros de automóvel que chegam a mim pelos clientes, familiares e amigos.
Então, vamos lá?
1) Quantas vezes posso acionar o seguro do automóvel?
No caso de colisão, o segurado pode acionar quantas vezes forem necessárias. Agora, tratando-se de seguro de terceiro, a quantidade de acionamentos vai respeitar o que foi contratado na apólice. Por exemplo: se a cobertura para danos causados a terceiros foi no valor de R$ 100 mil e se já houve acionamento para cobertura de um dano de R$ 50 mil, os acionamentos subsequentes limitam-se aos R$ 50 mil remanescentes que foram contratados.
Por situações como essas é que eu sempre oriento, no meu ramo profissional, a contratação de seguro com o profissional corretor de seguro, para que o consumidor possa ter clareza e consciência de tudo o que está contratando, para que fique ciente tanto dos riscos quanto das garantias.
2) A franquia eu pago para a oficina ou para a seguradora?
Via de regra, a franquia sempre é quitada na oficina credenciada pela seguradora e escolhida para a reparação do conserto do carro.
3) Eu bati em um carro, não quero reparar o meu. Eu tenho que pagar franquia para consertar o carro do terceiro?
É um fato muitas vezes não conhecido pelos segurados, mas a franquia só é paga quando a reparação é no veículo do segurado. E para o conserto do carro do terceiro não há incidência de franquia. Muitas vezes quando o segurado não dispõe de recursos naquele momento, prefere acionar o seguro para reparação do carro do terceiro e aguardar para o conserto do seu veículo quando a situação ficar menos apertada, isto é, financeiramente falando.
4) O seguro para mulher é mais barato?
Sim, é menos custoso. Isso porque há um estudo que evidencia que as mulheres são mais cuidadosas ao volante, arriscam menos em ultrapassagens, realizam percursos mais seguros e conhecidos, avaliam as condições do tráfego e, esse conjunto de cautelas, na prática, representam estatisticamente menos acidentes e furtos. De fato as mulheres seguradas possuem um perfil mais conservador e menos custoso.
5) Troquei a placa modelo Mercosul e, na colisão, ela amassou e o seguro não quer pagar por uma nova. O que devo fazer?
A orientação aqui não poderia ser diferente. Converse com seu corretor, pois qualquer intercorrência nesse sentido ele estará habilitado para realizar a tratativa junto à seguradora. É certa a troca pelo novo modelo.
6) Vale a pena fazer seguro para vidros, lanternas e para-choque?
Aqui está outro pulo do gato que é muito importante o leitor ter a consciência na hora de fazer ou renovar o seu seguro. A orientação é de que você não deixe de contratar a cobertura de vidros, lanternas e para-choque. O custo é muito pequeno, variando de R$ 100 a R$ 200 para um carro popular e, na hipótese de avaria, esse valor muitas vezes não satisfaz nem mesmo uma simples lanterna. A economia aqui não vale a pena, podem acreditar! O barato pode sair bem mais caro.
7) Tudo agora se fala em dano moral, então a dúvida é: vale a pena incluir na apólice a cobertura de danos morais?
Mais uma vez eu digo: não economize com filigrana. O custo da cobertura do dano moral na apólice é irrisório diante da potencialidade do dano que o segurado pode vir a suportar diante de um processo judicial decorrente de um acidente com o veículo, aumentando a repercussão se envolver danos pessoais da vítima.
E agora finalizo com a principal dica de hoje: faça seu seguro com o corretor, é mais seguro! Seguro aqui não vai morrer de velho!
Até a próxima coluna. Forte abraço!
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