Hoje nós vamos falar dos três tipos de direção que um carro possui: mecânica, hidráulica e elétrica. Os primeiros carros surgiram com a direção mecânica e esse modelo é muito comum nos automóveis antigos e que, não raro, ainda circulam em nosso trânsito.
Não vamos aqui entregar a idade, mas eu sou do tempo que quando íamos comprar um carro logo se perguntava: “tem direção hidráulica?”.
Esse atributo era fundamental e decisivo na compra de um carro, pois, com o lançamento dos carros com direção hidráulica ninguém mais optava, quando possível, pelos carros com direção mecânica pelo fato de ser uma direção muito pesada e de difícil dirigibilidade.
A direção mecânica, a propósito, é aquela que não conta com nenhum tipo de assistência, não tem óleo e funciona através da força que o motorista exerce no volante. Realmente é uma direção pesada, trabalhosa e que exige o esforço do motorista na operação do volante do carro.
De novo sem querer entregar a idade dos amigos leitores, mas toda a geração Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) e parte da geração X (nascidos entre 1965 e 1980), quando lerem este artigo, será inevitável a lembrança da dificuldade se de fazer aquela manobra apertada. Era um verdadeiro desafio para se identificar quem era mesmo bom de manobra.
E os leitores de A Gazeta devem estar aqui se perguntando: qual seria a vantagem de um carro com a direção mecânica? Como já sinalizei em linhas anteriores, trata-se de uma direção robusta e, como não há tantos mecanismos e componentes, não costuma apresentar defeitos, mas, quando aparecem, é relativamente fácil o conserto que, em geral, não se apresenta tão custoso. Na direção mecânica, a lubrificação é feita com o emprego de graxa.
Agora vamos falar da conhecida e popular direção hidráulica.
Esse tipo de direção teve o seu lançamento com o Ford Galaxy Nacional no ano de 1967 e trata-se de uma direção com assistência hidráulica. A principal função desse modelo era reduzir o enorme esforço que o motorista fazia ao girar o volante, o que agradou bastante, principalmente considerando o tamanho e o peso – muito maiores quando comparados aos carros populares atuais – que os automóveis tinham na época em que foi lançada.
Diferentemente do modelo mecânico, a direção hidráulica utiliza alguns elementos que tornam a condução mais leve, sendo composta pela bomba hidráulica, fluido, válvula de rotação, tubulação e reservatório de óleo.
O seu funcionamento é bem simples. Ao ligar o motor, a bomba hidráulica é acionada através das correias e polias, fazendo com que o óleo hidráulico exerça a sua função e, com isso, trazendo leveza ao volante.
Comparativamente à direção mecânica, como na direção hidráulica há o manejo de óleo, pode ocorrer algum tipo de vazamento e o custo de manutenção apresenta-se superior. A recomendação aqui é a manutenção, com a oficina de confiança, da caixa hidráulica e a correspondente troca de óleo a cada 50.000 km rodados, mantendo-se a verificação rotineira do nível do reservatório do óleo hidráulico.
A terceira modalidade de direção de carro que vamos falar para os leitores da coluna é a elétrica.
Essa direção surge a partir da necessidade de se aprimorar os mecanismos de funcionamento da direção hidráulica. Então no ano de 1988 foi lançado o carro Suzuki com a primeira direção elétrica. Atualmente ela vem se popularizando bastante em vários veículos nacionais.
Diferentemente da versão hidráulica, na direção elétrica não é preciso nenhum tipo de fluido ou bomba para auxiliar no movimento das rodas. Em geral esse sistema utiliza uma série de sensores que detecta o posicionamento do volante e das rodas, bem como a força e velocidade aplicadas.
Esses dados são enviados para a central eletrônica que, após realizar a análise, comanda um motor elétrico acoplado à coluna de direção. Observem, amigos leitores, que nessa terceira modalidade de direção todo o esforço para girar as rodas é feito pelo motor elétrico, o que garante muito mais conforto e leveza nas manobras realizadas com o carro.
Em relação aos demais tipos de direção já tratadas neste artigo, pode-se apontar que a direção elétrica é a que apresenta o maior custo em relação à manutenção, dada a característica das peças e da especialidade da mão de obra. Eventual avaria no sistema será sinalizada pela luz no painel de controle do veículo.
Mas como sempre oriento e agora aqui compartilho com os amigos leitores, a manutenção é menos onerosa do que o reparo. Portanto, a dica aqui é: mantenha a regularidade das manutenções e revisões do seu carro, pois um dos itens obrigatórios que são checados certamente é a direção do automóvel, seja ela mecânica, seja hidráulica, seja elétrica. Afinal, emprestando o dito popular que aqui perfeitamente se encaixa, prevenir é melhor que remediar!
Até a próxima coluna!
Forte Abraço!
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