Olá, amigos leitores de A Gazeta. Quero iniciar esta coluna desejando um feliz e abençoado ano novo a todos vocês.
No primeiro tema da nossa coluna em 2024 vamos falar sobre pneus e cuidados que devemos observar para troca. E nesse período de férias, um dos itens essenciais a serem revisados antes de pegar a estrada certamente é o estado dos pneus do seu carro. Afinal, a segurança está sempre em primeiro lugar.
O pneu e a roda são partes indispensáveis no funcionamento de um automóvel, mantendo o peso para garantir a locomoção do veículo.
E a pergunta principal da coluna de hoje é: como eu sei a hora de trocar o pneu do meu carro?
Parece uma tarefa difícil, só realizada pelos profissionais especialistas. Mas eu vou apresentar a vocês, amigos leitores, a técnica para aferir o correto momento de troca dos pneus.
Todo pneu recebe três numerações com a finalidade de especificar as suas características. A primeira refere-se à largura, a segunda diz respeito à altura, também conhecida como perfil, e a terceira indica o diâmetro interno. Então, se você quer saber qual é o tipo do pneu do seu carro, basta procurar onde estão localizadas essas três numerações.
E quando vou saber a hora da troca?
Todo pneu tem um indicador chamado TWI que é uma sigla em inglês “Tread Wear Indicator” e, na tradução, “indicador de desgaste da banda de rodagem”. Quando há desgaste da borracha em função do uso, o TWI indica o momento da troca.
Essa marca pode ser identificada no pneu na posição contrária dos frisos, que são as ranhuras, só que ela é mais profunda. À medida em que o pneu vai se desgastando, a marca vai ficando aparente, isto é, chega ao TWI. Para os pneus de passeio, a profundidade do TWI é de 8mm e, para os carros SUV, a profundidade é de 12 mm.
Mas você também devem estar se perguntando: que outras situações são indicativas da necessidade de troca do pneu?
Podemos aqui afirmar que temos algumas. E aproveito então a oportunidade para compartilhar. Vamos lá?
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01
Desgaste unilateral
É muito comum também identificarmos nos pneus o desgaste de um lado só, que pode ser interno ou externo. Quando o desgaste é externo na bandagem de fora, o motorista acaba vendo com mais facilidade. Agora, quando é interno, a identificação visual torna-se um pouco mais difícil. O pulo do gato aqui é parar na sua garagem com o volante virado para que, com o pneu para fora, você consiga identificar a condição de desgaste da parte interna. Quando há um desgaste não uniforme, recomenda-se verificar a suspensão e eventual necessidade de cambagem, pois pode ser indicativo de um empeno.
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02
Bolha no pneu
Outra situação corriqueira, e muito familiar a todos os motoristas das estradas de nossa cidade, é o relato de uma batida em buraco que gerou uma bolha no pneu. Nessa situação, recomenda-se a troca, além de verificar a suspensão, alinhamento e balanceamento.
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03
Falta de estabilidade
Quando o motorista está na estrada, muitas vezes ele sente que o carro está com pouca estabilidade e gera sensação de insegurança na dirigibilidade. A recomendação, nesse caso, é verificar o estado dos pneus e a suspensão.
E agora deixo aqui valiosas dicas que os motoristas podem ter com os pneus. Anotem aí:
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01
Alinhamento
O alinhamento prolonga a vida útil do pneu e, para que esse resultado ocorra, o carro deve ser alinhado de 5 em 5 mil km.
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02
Balanceamento
O balanceamento pode, e na maioria das vezes, deve ser feito no mesmo momento em que é feito o alinhamento, o que também contribui para o estado de conservação das peças.
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03
Calibragem
É consenso que muitos motoristas acabam esquecendo de calibrar os pneus por causa da correria do dia a dia, mas a manutenção da calibragem é também um cuidado de muita importância. Cada carro tem uma pressão de pneus. Geralmente vem um adesivo na coluna da porta do motorista ou na portinhola da boca do tanque. De preferência deve-se fazer a calibragem com pneu frio, não esquecendo também do pneu estepe. E vejam que curioso: pneu calibrado gera economia de combustível do veículo.
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04
Rodízio de pneu
Aqui também a recomendação é de que seja feito a cada 5 mil km, ressalvando que alguns fabricantes recomendam a cada 8 mil km. Isso vai aumentar, em muito, a vida útil do pneu, haja vista que redistribui o desgaste uniforme com a rodagem.
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05
Prazo de validade
Muita atenção na compra de pneus. Não é muito comum observar o prazo de validade impresso no pneu, mas considerando que, em média, o prazo é de cinco anos, dependendo da distância entre o tempo de fabricação, a data da troca e o período de utilização, ou seja, do tempo de quilometragem rodada, pode ser que você, amigo leitor, esteja aí com pneu com prazo de validade vencido. Muito cuidado!
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06
Cuidado após troca
Se o motorista trocou os quatro pneus de uma só vez, tome mais cuidado nos primeiros quilômetros rodados. Todo pneu novo vem de fábrica com uma película protetora. Trata-se de uma cera utilizada na moldagem do pneu e que também tem a finalidade de evitar o ressecamento enquanto a peça fica no estoque. Esse produto acaba deixando a borracha mais escorregadia mas, com o uso e o calor do pneu, a cera se solta. A dica aqui é dirigir com mais cuidado nos primeiros quilômetros rodados após a troca dos pneus.
E, por fim, amigos leitores, é sempre bom lembrar que o cuidado com os pneus também é um cuidado com a preservação da segurança e da integridade de nossas vidas, já que um pneu gasto perde a aderência e até mesmo a capacidade de frenagem do veículo. E isso não podemos, em hipótese alguma, negligenciar.
A manutenção preventiva do veículo sempre é a melhor opção.
Até a próxima coluna. Forte Abraço!
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