Após 40 anos de existência, o Volkswagen Gol deixará de ser fabricado. Incrivelmente, o sucessor do Fusca na década de 80 deixou o legado de automóvel mais vendido de todos os tempos com mais de 8 milhões de unidades produzidas e quase 7 milhões de veículos emplacados no país.
Com os novos tempos no setor automotivo, a promessa é de haver substituição por um SUV que ainda não foi revelado pela fabricante. Haja vista que foi o modelo de acesso popular, agora, na sua calorosa despedida, terá valor pouco maior que R$ 100 mil numa edição especial limitada, o que confirma o aumento radical nos valores de automóveis de modo geral.
Esse fenômeno pandêmico vigente gerou acréscimo nos preços em larga escala, o que inviabilizou a continuidade de várias marcas e modelos, sendo o próprio Gol até um deles. A própria Ford mergulhou nas ações de carros populares e manteve apenas a comercialização dos importados.
Não se entende os porquês de um carro custar tanto, já que a renda base de maior parte da população continua muito aquém. As explicações econômicas são de aumento nos insumos, escassez de matéria-prima e real desvalorizado.
Em suma, esse é o marco de uma revolução que só está começando, isto é, a metanoia (mudança no pensamento) do consumo em todos os sentidos. Aonde o consumidor cria novas atitudes e possibilidades de empenhar seu capital rumo a discussão: qual vale mais, o acesso ou a posse?
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