Rodrigo Lima é empresário no mercado de automóveis premium, estética automotiva e marketing digital. Um empreendedor sempre na vanguarda das novas tendências no mercado de luxo e estilo de vida.

O fenômeno da mudança de perfil do comprador de carros no Brasil

De 2020 até agora, o mundo passou por uma avalanche de problemáticas sanitárias, devido à pandemia da Covid-19. Neste cenário, a jornada de preços tomou proporções inimagináveis

Vitória
Publicado em 11/02/2022 às 01h59
Foto de coluna, favor não usar.
A falta de insumos e matéria-prima, juntamente com a alta de demanda por carros no mundo inteiro, impulsionaram um efeito especulativo no mercado automotivo. Crédito: All In Marketing Digital

De 2020 até agora, o mundo passou por uma avalanche de problemáticas sanitárias, devido à pandemia da Covid-19, e também do afastamento obrigatório, o que culminou numa mudança drástica na cultura de consumo, como também na economia de modo geral.

O velho ditado de que “O dinheiro só muda de mãos” fez valer como realidade, já que o comportamento entre as relações humanas foi forçadamente para o digital, e muitos que estavam preparados surfaram a onda perfeita para se destacarem e mudarem de posição na cadeia econômica.

Neste cenário, a jornada de preços tomou proporções inimagináveis, e a falta de insumos e matéria-prima, juntamente com a alta de demanda por carros no mundo inteiro, impulsionaram um efeito especulativo.

Os automóveis tiveram aumentos de até 100% sobre o valor anterior, o que causou um desaparecimento de uma classe de compradores, que antigamente tinham acesso ao produto e hoje não mais.

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O comportamento entre as relações humanas foi forçadamente para o digital, e muitos que estavam preparados surfaram a onda perfeita para se destacarem na cadeia econômica. Crédito: All In Marketing Digital

É óbvio que de modo geral tudo subiu, mas a força de compra não teve a mesma proporção. Os veículos populares partem de R$ 85 mil e algumas marcas se mudaram do Brasil, como por exemplo, a Ford, com extensa carteira de atuação por aqui, e que agora só fomenta o nicho de importados premium.

Muitas pessoas se beneficiaram com ganhos sobre o bem, vários veículos usados valorizaram, e tudo isso corroborando com a depreciação da moeda brasileira.

Em suma, ninguém arrisca a saber aonde vai parar a subida desse pico gráfico, o que afirmo é que o consumo não parou baseado no desejo que se tem pela aquisição e conquista. Os compradores não são mais os mesmos, e a roda não parou de girar.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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