A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi criada em 1973 para auxiliar a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. O órgão presta serviços ao governo e empresas privadas, e tem no Preço Médio de Veículos, também chamada de tabela Fipe, um de seus principais produtos.
Venho de uma segunda geração no ramo dos automóveis, com 23 anos de empresa, e nunca vi o aumento exacerbado dos preços como na atual conjuntura.
Obviamente, o cenário vive em constante mudança, e é difícil prever o comportamento e variação. Com a Covid-19, tivemos grande impacto na indústria e produção de materiais e insumos, o que acarretou escassez de produtos de modo geral.
Tendo em vista esse fenômeno, a disparada da Fipe impactou diretamente a percepção do consumidor sobre os valores do seu próprio bem, já que existe livre acesso a essa informação a todo momento e várias concessionárias e revendas trabalharam promovendo a avaliação da troca baseada diretamente nesse índice.
Consequentemente, a referência se tornou esse catálogo variável, e que a princípio nunca ditou as regras do jogo.
Há 15 anos atrás, os anúncios eram feitos por classificados em jornais, e a avaliação dos carros era considerada pelas cotações diretas com concessionários e lojistas compradores. De um tempo para cá, houve essa globalização de informação promovida pela internet, o que gerou munição para o consumidor fazer pesquisas e ter acesso ao conhecimento amplo.
Dessa forma, ainda que os preços e tabelas estejam à vista de todos, a mais antiga e famosa lei da oferta e procura nunca perdeu sua majestade. Quando estamos diante de qualquer comercialização, a máxima que prevalece é quanto o comprador está disposto a pagar.
Portanto, a tabela Fipe não compra carros, motos ou caminhões. Ela simplesmente gera uma precificação média e variável baseada num mercado altamente oscilante.
A melhor maneira de saber se seu carro vale o preço da tabela Fipe é conferindo no comércio por quanto está sendo anunciado.
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