Como já diz o velho ditado: “Em tempos de crise, você escolhe se chora ou vende lenço”. A pandemia, fenômeno que propagou o medo da morte e também o falecimento de entes queridos, conhecidos ou próximos, fez com que o consumidor repensasse sobre a vida, que é um sopro com prazo de validade indeterminado.
A cultura de consumo passou por um processo de mudança radical, e o consumidor internalizou o imediatismo e a realização enquanto é tempo. Logo, a economia em vários setores avançou com um aumento de demanda exacerbado.
O mercado de automóveis foi impactado por essa procura inesperada, e faltou com abastecimento de peças e insumos na fabricação dos novos automóveis, o que gerou a descompensação na oferta e procura.
O resultado foi um cenário jamais visto de altas nos valores dos veículos usados, e até usuários não comerciantes realizando ganhos consideráveis em seus produtos, já que não existia a pronta-entrega nas concessionárias. Ou seja, esse movimento fez com que o usado ficasse supervalorizado e muitas vezes acima do valor do zero km.
Após mais de dois anos numa escalada contínua de crescimento da própria Tabela Fipe, que expressa preços médios de veículos anunciados pelos vendedores, no mercado nacional, não se vê regularização nas entregas dos carros. Até existem modelos com previsão de entrega somente em 2024, como por exemplo, a RAM 2500, e modelos da Porsche que há tempos não dão as caras.
Por fim, a “bola de cristal” não foi revelada, e até que exista um real abastecimento não se pode saber o final dessa saga. Qual é a sua aposta para os preços: continuarão subindo ou vão descer?
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