Já falamos aqui de cafés gelados, mas a estação continua propícia a bebidas refrescantes. Em meio ao calorão, como lidar com seu corpo pedindo mais café, para se encaixar na rotina? Vou passar uma receita simples de cold brew, caso você queira explorar ainda mais aquele pacote que comprou com torra fresca. Também vou dar dicas de onde encontrar a bebida já pronta para consumir.
O cold brew, além de ser um café servido gelado, também é extraído em água com temperatura ambiente – o que significa menos acidez, açúcares e óleos no seu café, pois ele é composto de sólidos solúveis que precisam de calor para serem extraídos. O corpo e a cafeína também serão resultado do tempo prolongado usado no método, que varia de 12 a 36 horas.
Além dos equipamentos criados especificamente para fazer cold brew, entre eles a Toddy, a Yama e a Hario Mizudashi, há formas alternativas de preparar, como em uma prensa francesa, em uma garrafa de água já usada ou até mesmo em uma jarra de suco que tenha tampa e esteja devidamente limpa, para evitar contaminação cruzada e assim preservar o real sabor da extração.
Vamos a uma receita simples, que pode ser consumida pura ou servir de base para novos drinques com café. Na hora de filtrar, usa-se chinois (meu utensílio preferido, já que facilita a extração e absorve menos os óleos do café) ou filtro de papel.
- INGREDIENTES:
- Café (se moído na hora, melhor) com granulometria idêntica à usada na prensa francesa e nos demais métodos de infusão;
- Água filtrada, em temperatura ambiente.
- UTENSÍLIOS:
- Prensa francesa, garrafa de água ou jarra limpa (como citei acima);
- Chinois ou filtro de papel.
COMO FAZER:
Adicione a proporção de 10% de café para água – 100 gramas para cada 1 litro. Misture os ingredientes para que haja total contato da água com o café. O recipiente nesse momento deve ser mantido em um local arejado, ao abrigo da luz. Após 12, 24 ou 36 horas, filtre e armazene o cold brew na geladeira, consumindo a bebida em até 7 dias.
O tempo de extração varia de acordo com o café usado e a bebida resultante que você deseja. Eu gosto de começar os testes com 24 horas de infusão. Caso queira um cold brew mais suave, utilize menos tempo e deixe no máximo até 36 horas para atingir mais corpo e intensidade. Acima dessa marca, a possibilidade de o café ter um amargor desagradável será enorme. O mesmo vale para a proporção: use menos café para obter suavidade e mais para alcançar intensidade.
Agora que já temos a base, podemos temperar nosso café geladíssimo com água de coco, usar ervas aromáticas (como capim-limão), ou até mesmo usar o cold brew como ingrediente de um refrescante gim tônica – uma pequena dose de 50 ml dessa base mudará completamente a bebida. Para finalizar, vamos às dicas de colds que podem ser encontrados aqui na Capital e também facilmente via e-commerce:
- 1. True Coffee Inc. Vanilla (300ml), R$ 8, na Americanas.com – Um dos meus preferidos. O Clássico também é ótimo, mas o Vanilla contém fava de baunilha para dar um sabor a mais. Super refrescante e fácil de beber. No preparo são utilizados grãos da variedade catuaí vermelho, em processo lavado, cultivados em São Sebastião da Grama/SP.
2. Hop & Cold (300 ml), R$ 15, na Kaffa Cafeteria - Produzido por quem vos escreve, tem como diferencial sensorial o lúpulo, usado para dar refrescância e um toque herbal no café. Apesar de conter um ingrediente utilizado na produção de cervejas, esse cold brew não é alcoólico. Os grãos são do produtor Carlos Alberto Altoé, de Castelo, da variedade catuaí vermelho, em processo cereja descascado, e o lúpulo é o americano Cascade.
- 3. Amigo Cold Brew Limão Siciliano e Alecrim (200ml), R$ 15, no site da marca – Com uma linha de bebidas saborizadas, além do cold brew tradicional, a marca aposta na pegada das misturas para agradar aos paladares mais diversificados. O cold com limão siciliano e alecrim é imperdível. Grãos da variedade catuaí amarelo, em processo natural, de Caconde/SP, são os escolhidos aqui.
- 4. Onça Cold Brew Animali (269ml), R$ 10, no site da marca – Um dos últimos envasados que tomei por aqui, apenas com a versão tradicional, agrada bastante pelo equilíbrio da bebida. É um dos poucos em versão lata atualmente. O café usado no preparo é um catuaí vermelho e amarelo, em processo natural, de Mococa/SP.
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