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Advogado foragido de operação do ES que investiga juiz é preso no Rio

Ele foi localizado na tarde desta segunda-feira (25) em Petrópolis; além da prisão, foi determinado pelo Tribunal a suspensão do exercício da advocacia

Vitória
Publicado em 25/11/2024 às 19h22
juízes
Crédito: Sabrina Cardoso com Microsoft Designer

Foi preso na tarde desta segunda-feira (25), em Petrópolis, Rio de Janeiro, o advogado Vicente Santório Filho. Ele estava foragido desde o dia 1º de agosto, quando foi determinada a sua prisão. Chegou a ser intimado por "estar em lugar incerto e não sabido". É um dos investigados na Operação Follow the Money (Siga o dinheiro), que apura um suposto esquema criminoso envolvendo sentenças judiciais para saque de heranças, e que teria participação de um magistrado estadual.

A prisão foi realizada pela Polícia Federal e ele foi encaminhado para uma unidade prisional em Benfica, Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (26), será submetido a uma audiência de custódia.

O advogado que o representa, Rodolfo Milanezzi Santório informou que já solicitou à Justiça estadual a revogação da prisão de Vicente. O argumento é de que todos os demais investigados que também estavam detidos foram soltos no último dia 12.

Além do mandado de prisão, para ele também foi determinada a suspensão do exercício da profissão. A decisão foi do desembargador Sérgio Ricardo de Souza, relator do inquérito judicial que tramita no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) em decorrência da suposta participação do magistrado Maurício Camatta Rangel nas ações criminosas.

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Prisão do advogado Vicente Santório Filho. Crédito: Leitor de AG

Denunciados

O Ministério Público (MPES) denunciou 20 pessoas, incluindo Santório, por envolvimento no suposto esquema criminoso com sentenças judiciais para saque de heranças. O documento ainda vai ser avaliado pelo conjunto dos desembargadores da corte estadual.

No texto foi apontado que havia um padrão utilizado pelos 20 denunciados nas ações judiciais simuladas e em acordos fraudulentos. Além da urgência no caminhar dos processos, havia a repetição das partes envolvidas, advogados e até de fotografias utilizadas nos processos.

As apurações iniciais resultaram na Operação Follow The Money, realizada no dia 1º de agosto, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte).

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