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ES quer usar estratégia de queda dos homicídios para frear mortes no trânsito

A proposta é lançar mão de ações bem sucedidas para conter a violência no trânsito, onde 973 pessoas perderam a vida no ano passado

Vitória
Publicado em 22/01/2025 às 00h30
Mortes no trânsito
Crédito: Arte - Camilly Napoleão com Adobe Firefly

O governo do Estado está avaliando lançar mão das estratégias adotadas no Programa Estado Presente, que ajudaram a reduzir o número de homicídios ao menor patamar desde 1996, para frear as mortes no trânsito. No ano que se encerrou, 973 pessoas perderam a vida em decorrência da violência nas vias e estradas, segundo o Observatório da Segurança Cidadã.

“Há uma preocupação com o volume crescente destas mortes, e o governador Renato Casagrande pediu prioridade na busca por soluções”, relatou Álvaro Duboc, secretário de Estado de Economia e Planejamento (SEP), pasta que coordena o Estado Presente.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Leonardo Damasceno, embora trânsito não seja o foco do Estado Presente, a proposta é utilizar a metodologia e a experiência adotada nos últimos anos e que conseguiu, gradativamente, diminuir as mortes violentas.

Ele se refere a um trabalho conjunto entre as corporações da área de Segurança, como as polícias Civil e Militar, com o Batalhão de trânsito, além de outras forças, como Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Guardas Municipais. Em conjunto ainda com o Detran  e outras secretarias de Estado, além dos municípios.

“Um trabalho integrado, com reuniões conjuntas de governança, análise das estatísticas, decisões e realização de operações conjuntas. Vamos ter que fazer mais operações, mais policiamento, mais fiscalização e ter mais acompanhamento”, explica Damasceno.

Uma primeira reunião foi realizada pela equipe da SEP na última semana, quando foi criado um grupo de trabalho para estruturar ações de fiscalização, gestão de dados, estudos de trânsito, análise da infraestrutura rodoviária, entre outros pontos. O objetivo é preparar um projeto que será avaliado por Duboc e posteriormente  levado ao governador.

No ano de 2024 foi registrado um aumento de 18% no total de mortes nas estradas (973) em relação ao ano anterior, quando ocorreram 825. Em comparação, houve uma redução de 13% nos homicídios dolosos no ano passado, que fechou com 852 casos. Em 2023 foram 976.

E o que mais preocupa, segundo Damasceno, é que a maior parte das vítimas do trânsito foram motociclistas.

“É um indicador que a gente teme que continue aumentando, porque a sociedade mudou, assim como as formas de transporte. Será um desafio reverter este quadro, mas não vamos fugir das responsabilidades”.

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